sábado, 30 de julho de 2011

Roteiro em Madrid II

A)Museo del Prado
B)Tapas no Estado Puro
C)Palacio de Cibeles
D)Puerta de Alcalá
E)Parque del Buen Retiro
Museo del Prado
Depois de fazer boa parte do dia no Museo Del Prado – chegamos por volta das 10:00 e saímos umas 14:30 – fomos num bar de tapas que fica na frente do Prado, apenas atravessando o Paseo: Estado Puro, do chef espanhol Paco Rabano.


Estado Puro - PZ Canovas Del Castillo, 4
Lindo ambiente, tapas extraordinárias, chop sensacional. Vale a visita (e nem é caro)!!!


Depois do Estado Puro, subimos o Paseo del Prado até a Plaza de Cibeles. No verão, a prefeitura – Palácio de Cibeles - é aberta para visitação. Eu recomendo, pois é possível subir no terraço e ter uma bela vista da cidade.


Saindo da prefeitura, viramos à direita na Calle de Alcalá, em direção à Puerta de Alcallá, monumento construído no final do século XVIII pelo Rei Carlos III para marcar a estrada para a cidade de Alcalá.


Do lado direito, fica o maior parque de Madrid: o Parque de Buen Retiro. Um magnífico parque, recheado com alamedas floridas, esculturas e um belo lago. Como em várias grandes cidades na Europa, no verão se torna um dos pontos de encontro favoritos dos madrilenhos, para correr, ler um livro ou apenas descansar e curtir o dia.


domingo, 24 de julho de 2011

Museo Del Prado

Como já falei várias vezes nesse blog, sou especialmente apaixonada por pinturas. Já fui em alguns dos mais importantes museus na Europa, mas a maioria das pinturas espanholas eu conhecia somente pelos livros do meu pai.

Eu não tinha lido muito sobre o Prado, sabia apenas que era um grande museu, mas não sabia muito o que encontrar lá. Devo dizer que sai fascinada.

O Prado tem uma coleção muito grande, abrangendo várias pinturas espanholas, italianas, flamencas, como esperado de um grande museu.

No entanto, para minha surpresa, é muito mais do que isso. É um mergulho completo nas obras dos pintores espanhóis Velázquez e Goya, praticamente uma biografia completa.

Com a vantagem de possuir uma coleção muito grande dos dois pintores - são cerca de 50 quadros de Velázquez e 140 de Goya – nos possibilita avaliar o desenvolvimento e evolução dos estilos dos dois ao longo dos anos.

E claro que o museu tem várias outras obras fascinates. Destaco as coleções de Rubens, El Greco, Tintoretto e Ticiano. Que museu!

No mapa do Prado, distribuído 'gratuitamente' no museu após a compra do ingresso, traz uma relação das principais obras do museu a serem visitadas.

Sugiro, para quem não quer ou não pode, passar o dia todo no museu, escolher no mapa as obras que acha mais interessantes e curtir a sala toda em que a obra escolhida está. Dá para ficar tranquilamente o dia todo, mas dessa maneira consegue-se ver o que há de melhor em cerca de 2 ou 3 horas.
Como fiquei simplesmente obcecada por Velázquez e Goya, vou resumir abaixo um pouco de tudo no guia, no próprio museu e em diversos outros vários lugares durante minha vida toda.

Diego Velázquez (1599 – 1660)

Nascido na cidade de Sevilha, ao sul da Espanha, pintou os seus primeiros quadros com temas religiosos e da mitologia grega. Dessa fase, o principal quadro no Prado é “Adoração dos Reis Magos” (1619). 
Adoração dos Reis Magos
Em 1623 mudou-se para Madrid, como pintor da corte madrilena, especializando-se em retratos da família real. Principais obras dessa fase, também no Prado:
“O triunfo de Baco” (1628-1629)
“Felipe III a cavalo” (1628)
“Felipe IV” (1623-1628)
O Triunfo de Baco
Em 1929, ficou amigo do pintor Rubens e com ele fez uma viagem à Itália. Teve contato com outros pintores da época como Ticiano, Tintoretto e Veronese, se impressionou com o uso das cores.

Voltou então para Madrid e deu início a fase mais produtiva da sua carreira. Destaca-se nessa fase retratos que captam olhares e sentimentos dos retratados, e também retratos de anões e bobos da corte. Principais obras:
“A Rendição de Breda” (1634)
“Príncipe Baltasar Carlos” (1635-1636)
“El bufón Barbarroja, don Cristóbal de Castañeda y Pernía” (1636)
A Rendição de Breda
Em 1949, faz uma nova visita a Itália, Na volta para Madrid, começa uma fase mais madura, até diminuindo o ritmo frenético imposto na fase anterior.
“D. Mariana” (1652-1653)
“As Meninas” (1656) – este quadro é considerado sua obra-prima.
“As fiandeiras” (1657)
As fiandeiras

As Meninas
Francisco de Goya (1746 – 1828)

Entre os dois pintores espanhóis, Velazquez possui quadros mais bonitos, mas Goya é o que mais me marca.

Goya é intenso em quase todas as suas pinturas, com exceção apenas às feitas no início da sua carreira e as com caráter mais comercial.

Tinha uma adoração por mulheres, e as pintava com uma dedicação e delicadeza absurda.

A leiteira de Bordeau
Dois de seus quadros mais famosos, A Maja Nua e A Maja Vestida, foram apreendidas pela Inquisição Espanholas por serem consideradas obscenas, sendo devolvidas apenas alguns anos depois.

A maja nua

A maja vestida
Goya enfrentou uma doença muito grave e desconhecida na época, que quase o deixou paralítico, cego e surdo. Acredita-se que depois da doença, tenha ficado mais amargo e bem mais crítico com as injustiças da vida.

É a partir daí que vem sua fase mais perturbadora.
Goya pintou uma série de quadros de guerra, representando os sofrimentos causados por elas. Retrata a morte, dor, sem destaque para heróis ou vencedores.
3 de março
Nos seus últimos anos de vida, Goya pintou uma série de 14 pinturas que ficaram conhecidas como as "pinturas negras". São quadros de tonalidade escura, profundamente intensos e perturbadores. Goya pinta cenas chocantes de lutas e confrontos, e também cenas cotidinas e até religiosas, mas com um visão muito mais negativa e crítica.

Dessa série, o quadro mais famoso é “Saturno devorando um filho”, mas toda a obra é de arrepiar.
Dois velhos comendo
Saturno comendo um filho

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Roteiro em Madrid I

Ficamos num hotel no Paseo de La Castellana, então saímos do hotel e descemos o Paseo de La Castellana até a Plaza de Colón, onde fica uma bela estátua em homenagem a Colón.
Paseo de La Castellana
Para quem não sabe, e eu só fiquei sabendo nessa viagem, Colón é o nosso velho conhecido Cristovão Colombo, figura muito importante para os espanhóis por todas as suas conquistas. Não entendo porque traduzimos nomes, não faz o menor sentido.
Estátua de Colón
Apesar de ficar na mesma avenida, depois da Plaza de Colón começa o Paseo de Recoletos, e seguimos por ele até a Plaza de Cibeles, onde fica a Prefeitura e a bonita fonte de Cibeles.
Prefeitura
Fonte de Cibeles
Os paseos são avenidas bem largas, com várias faixas para cada sentido. Muitos possuem uma passarela de pedrestre entre os dois lados da avenida, muito arborizada, com muitos bares e restaurantes.

Após a praça de Cibeles, viramos a direita na Calle Alcallá, no sentido da Puerta del Sol.

No caminho, fui curtindo Madrid nos seus pequenos detalhes. A placa com o nome das ruas é desenhada, como se fosse um pequeno quadro. Os edifícios tem fachadas clássicas e cúpulas lindas.



A Puerta del Sol é um dos lugares mais simbólicos de Madrid. É ali que fica o “quilômetro zero” de todas as estradas espanholas, e também o relógio onde é feita a contagem regressiva do final do ano e que é transmitido ao vivo para o mundo todo.

Quem chega pelo caminho que fizemos, encontra uma estátua com o símbolo de Madrid: El Oso y El Madroño - O Urso e a Macieira.
El Oso y El Madroño
A Puerta del Sol era originalmente um dos portões de entrada de Madrid, e a cidade começou a crescer ao redor dele.

O lugar é extremamente cheio e movimentado, então tome cuidado com batedores de carteira.

Numa das suas esquinas, está o shopping mais famoso da Espanha, El Corte Inglés.

E na mesma esquina do El Corte Inglés, começa a Calle Preciados, uma rua majoritariamente comercial, com uma Fnac super grande e uma das muitas filiais da Zara, grande loja de varejo espanhola, hoje espalhada por diversas cidades do mundo.

Depois dali, fomos para a Plaza Mayor, mas no caminhos passamos pelo Museo del Jamon e pelo Mercado de San Miguel. O Museo Del Jamon estava lotado, entramos apenas para olhar, mas saímos. Já o Mercado de San Miguel eu achei super agradável, uma boa mescla de mercado de frutas, jamon, peixes, com barzinhos cheios de gente bonita.
Mercado de San Miguel
Mercado de San Miguel
A Plaza Mayor é um grande espaço retangular, cercado por todos os lados por edíficios baixos e sua entrada só é possível por um dos noves pórticos. Todo o espaço que cerca a praça, estão lojas tradicionais, restaurantes e bares. Fomos lá num domingo, e no centro da praça estavam várias tendas com comidas da Espanha e de outros países.

Plaza Mayor
Plaza Mayor
Tínhamos tomado café da manhã no hotel, então paramos e comemos nossas primeiras tapas de Madrid, acompanhadas por um chopp delicioso.

O fuso horário enfim atacando, voltamos para o hotel bem felizes com esse primeiro dia.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Uma introdução a Madrid


Madrid é uma cidade cosmopolita. É a maior cidade e capital da Espanha, com 3 milhões de habitantes, e também o centro financeiro do país.

É extremamente limpa, organizada e segura, e recebe muito bem os visitantes de todas as partes do mundo.

Andando pelas ruas tranquilas, não dá para esquecer a covardia dos atentados terroristas que a cidade sofreu em 2004. Que fiquem sempre no passado...

Madrid tem avenidas largas e arborizadas, chamadas de “Passeios”, com dezenas de restaurantes e cafés espalhados sob as árvores, por onde podemos nos perder por horas.

Os museus do Prado e Reigna Sofia estão entre os melhores do mundo, sem nenhum exagero.

Como gosto cada vez mais de entender a história dos lugares que conheço, vou fazer uma rápida volta ao tempo:

Hoje a Espanha é uma monarquia constitucional, um país democrático e livre, mas nem sempre foi assim.

No início da década de 30 a Espanha passou por um evento muito traumático: a Guerra Civil Espanhola.

De um lado se posicionou a direita, representada por Francisco Franco, que queria livrar o país da influência comunista e restabelecer os valores da Espanha tradicional, autoritária e católica. Do outro lado, a esquerda espanhola, representada pelos Republicanos, para quem era preciso dar um basta ao avanço do fascismo que já havia conquistado Itália, a Alemanha e a Áustria.

Madrid sofreu muito com a guerra por ser um dos principais núcleos republicanos na Espanha, e foi alvo dos primeiros bombardeamentos aéreos contra civis da história da Humanidade.

A direita ganhou e assim iniciou-se a ditadura de Franco, período que durou de 1939 a 1975. Franco teve total apoio e ajuda da Alemanha durante a Guerra Civil. Apesar disso, a Espanha, já com problemas suficientes para resolver, manteve sua neutralidade durante a Segunda Guerra Mundial.

A ditadura de Franco marcou-se por um período inicial muito violento, com repressão, prisão e fusilamento dos seus inimigos. Pressionada principalmente pelos Estados Unidos no início dos anos 60, começou a tomar algumas medidas mais democráticas.

No final do seu governo, Franco apresentou às Cortes o príncipe Juan Carlos, neto do rei Afonso XII e herdeiro natural ao trono, como sucessor do seu governo, reinstaurando a monarquia no país. O Rei Juan Carlos é ainda hoje o rei da Espanha.

O quadro Guernica, de Picasso, foi pintado para retratar o bombardeio sofrido, durante a Guerra Civil Espanhola, pela cidade de Guernica. Como protesto, Picasso deixou o quadro no Museu de Arte Moderna em New York, o MOMA, e pediu para que o quadro retornasse à Espanha apenas quando o governo de Franco caísse.
O quadro voltou para Madrid em 1981, e hoje está exposto no Museu Reigna Sofia.

Para quem gosta de ler, recomendo o livro “O tempo entre costuras” da espanhola Maria Dueñas. É um romance histórico, com personagens fictícios misturado com personagens reais, é um bom panorama para entender o período da Guerra Civil.

Minhas Férias

Como é bom tirar férias!!! Melhor ainda quando viajamos!

Como é difícil voltar rsrsrs

Relembrando o roteiro: Madri, Valencia, Costa Brava (Begur), Carcassone, Barcelona.

Tudo foi muito bom e deu tudo muito certo, mas meu troféu "Paixão a Primeira Vista" dessa viagem fica para Begur.

Conto tudo nos próximos capítulos...