sábado, 19 de maio de 2012

Salas de Rafael – Museu do Vaticano

As Salas de Rafael representam, ao lado da Capela Sistina, um dos maiores tesouros do Museu Vaticano a ser explorado e vagarosamente degustado.

Rafael Sanzio foi um dos maiores pintores italianos do período renascentista, junto com Michelangelo e Leonardo da Vinci. 
  • Rafael Sanzio (28 de março de 1483 a 6 de abril de 1520)
  • Michelangelo (6 de março de 1475 a 18 de fevereiro de 1564)
  • Leonardo da Vinci (15 de abril de 1452 a 02 de maio de 1519) 
Apesar de ter morrido muito cedo, com a idade de 37 anos, sua grande capacidade produtiva deixou uma fantástica herança artística, a maior dela encontrada no Museu do Vaticano. Passou grande parte da sua vida em Firenze, mas viveu em Roma até a sua morte.

Foi contratado pelo Papa Julio II, para decorar uma série de quatro aposentos internos do Vaticano, durante o período de 1508 até a sua morte. Contou com a ajuda de alguns assistentes, que inclusive terminaram uma das salas após a sua morte.

Sala da Segnatura: primeira sala a ser pintada por Rafael, era originalmente a biblioteca usada por Julio II, onde muitos documentos papais eram analisados e assinados. É decorada com quadros representando temas de teologia, cristianismo e filosofia: A Disputa do Santíssimo Sacramento, A Escola de Atenas e o Parnaso.

A Disputa do Santíssimo Sacramento
A Escola de Atenas


Sala do Incêndio no Borgo: assim chamada após o incêndio em Borgo, distrito perto do Vaticano. Usada inicialmente por Júlio II também para reuniões da Segnatura, foi utilizada como sala de música por seu sucessor, Leão X. Rafael escolheu alguns quadros que ilustram cenas ocorridas durante a vida de dois papas anteriores com o mesmo nome: Leão III (A coroação de Carlos Magno e A justificação de Leão III) e Leão IV (Fogo no Burgo e a Batalha de Óstia).

A Coroação de Carlos Magno

Sala de Heliodoro: o tema dessa sala é a proteção divina para a Igreja Católica, e seu nome vem de um de seus quadros. As principais pinturas são: A Expulsão de Heliodoro do Templo, A Missa de Bolsena, a Libertação de São Pedro e o Encontro de Leão I com Átila.

A Expulsão de Heliodoro
A Missa de Bolsena
Sala de Constantino: homenagem ao imperador romano Constantino que tornou o Cristianismo a religião oficial de Roma, acabando com a perseguição aos cristãos. Apesar de ser o plano de Rafael, as pinturas dessa sala foram executadas por seus assistentes após a sua morte: A visão da Cruz, a Batalha de Constantino contra Maxêncio, O Batismo de Constantino e A Doação de Constantino.

A Visão da Cruz
p.s. Rafael é um dos pintores favoritos do meu pai, e também o nome do meu sobrinho. E é em homenagem aos dois que eu escrevo esse post.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

O Grito - Edvard Munch


Vou fazer uma pausa nos meus posts da Itália...

Li hoje no jornal Estado de São Paulo que O Grito, do norueguês Edvard Munch, foi vendido por US$120MM, "estabelecendo um novo recorde como a peça de arte mais cara a ser vendida em um leilão."

Confesso que tenho um certo preconceito contra coleções particulares, acho que uma obra de arte tem de ser apreciada por todos. Mesmo assim, fico feliz por ver esse quadro ser tão valorizado.

Munch é um dos meus pintores prediletos, junto com Van Gogh. 

Felizmente a venda para um colecionador particular não nos privará de ver o quadro, independente do que o tal colecionador faça. Munch pintou quatro versões desse quadro, e as outras três estão em museus na Noruega. 

Uma delas está na Galeria Nacional de Arte, em Oslo, capital da Noruega, junto com vários outros de seus quadros, numa coleção extraordinária. Pinturas fortes, intensas, carregadas de emoção.

Tive o privilégio de ver esse quadro fantástico quando fui para a Noruega, passeio que valeu um dos primeiros posts do blog. 

Para quem quiser ler: