Nós brasileiros, principalmente os que moram em grandes cidades, estamos mais do que acostumados a furtos, assaltos, armas e violência e, devido a isso, vivemos constantemente ligados, sempre com nossas bolsas e carteiras sob controle.
No entanto, mesmo sendo especialistas no assunto, tendemos a relaxar quando estamos de férias. O que é mais do que normal, certo? Afinal, esse é o objetivo maior das férias.
Apesar disso, não custa nada prestar um pouco de atenção em lugares com muita gente, como ruas movimentadas, metrôs e ônibus. Certamente não é o que queremos nas férias, mas ficar sem documentos e dinheiro fora do seu país é uma dor de cabeça que queremos menos ainda.
Minha madrinha teve a carteira roubada da sua bolsa em Paris, com o seu passaporte junto, uma amiga do trabalho sofreu uma tentativa de assalto em Roma (a pessoa tentou levar sua bolsa, mas ela conseguiu segurar), quando estava visitando o Château de Versailles avisaram no auto-falante para tomar cuidado com batedores de carteira.
Infelizmente vivenciamos coisas muito piores no Brasil. Eu mesma já tive o carro roubado uma vez, e fui assaltada a mão armada em outra, ambas na cidade que moro - São Paulo, e tenho vários amigos em situação parecida ou até mesmo pior, sofrendo seqüestros relâmpagos (o que me faz até sonhar com batedores de carteira que você nem nota agindo).
Não vou deixar de viajar por causa disso, mas acho muito importante estarmos sempre atentos e saber quais são os lugares mais visados, tanto aqui quanto no exterior.
Por isso, escrevo abaixo cópia de alguns trechos da matéria do jornal do Estado de São Paulo de hoje, 20 de março de 2011.
Preste atenção…“Calle Florida é o paraíso de batedores de carteiraAntes um elegante calçadão no centro de Buenos Aires, a famosa Calle Florida transformou-se nos últimos tempos em um inferno para turistas distraídos. Em média, de 20 a 30 pessoas são roubadas diariamente na rua, segundo denúncias feitas à polícia, mas estima-se que sejam apenas uma pequena parte das vítimas.O trecho mais visado são os cinco quarteirões entre a Calle Sarmiento e a Avenida Córdoba. Além da rua, os batedores também agem dentro de lojas cheias de clientes.Além dos batedores de carteira, os turistas também devem ficar atentos às notas falsas de pesos. Especialistas e policiais federais argentino estimam que o dinheiro falso equivale hoje a 3% do total circulante argentino.Na maior parte das vezes, as cédulas de dinheiro falso são repassadas em táxis, remises (carros de aluguel), bares, restaurantes e lanchonetes.
Na Recoleta. O mais elegante bairro de Buenos Aires é alvo da ação dos “moto-chorros”, os “moto-bandidos”. Atenção para as motocicletas nas quais há alguém na garupa. A pessoa que vai atrás é quem geralmente rouba bolsas, relógios e pacotes dos pedestres. Na Calle Florida. Lotada em quase todos os horários e cheia de turistas distraídos, é um prato cheio para os batedores de carteira. É preciso ficar atento ainda nas vias paralelas a ela – assaltantes também agem por ali. Avenida 9 de Julio. A ampla via do centro da cidade e o policiamento muitas vezes deficiente permitem a fuga rápida dos assaltantes que agem na região. No Caminito. As redondezas da famosa rua colorida do bairro La Boca, frequentada principalmente por turistas, também são pontos de batedores de carteira, que escondem-se nos cortiços da vizinhança. É preciso tomar cuidado com aglomerações.”