quinta-feira, 3 de março de 2011

Roteiros a Pé por Paris – Parte III

Rue de Rivoli, Place Vêndome, Ópera  Garnier, Galerie Lafayette, Printemps, Place de La Madeleine


A Rue du Rivoli é uma das ruas mais conhecidas e badaladas de Paris, paralela ao Jardin de Tuilleries e ao Museu do Louvre. Seu nome é uma homenagem à primeira vitória de Napoleão contra o exército austríaco na batalha de Rivoli.

Aqui encontramos várias lojas famosas e elegantes da França, e também várias pequenas lojinhas de souveniers, excelentes para quem quer comprar uma lembrancinha. A rua é bonita e as lojas ficam embaixo de grandes arcos, como os da foto abaixo.

Rue de Rivoli

Rue de Rivoli - Edouard Cortes
Vale a pena andar na rua desde o Louvre até a rua Royale, na frente da Place de La Concorde, mas confesso que meu interesse maior nessa rua se encontra no número 226, num lugar chamado Angelina.

Angelina é uma casa de chá, um grande e imponente salão freqüentado por parisienses e alguns turistas. Para os amantes de chocolate, é um paraíso: o chocolate quente é o melhor do planeta!!! Para ficar um tarde completamente light, escolha uma das várias sobremeses, doces, tortas ou bolos, como acompanhamento. É absolutamente perfeito!


Agora precisamos andar, certo? Vamos lá.

Entre à direita na próxima rua, Rue de Castiglione, e siga até a Place Vêndome.


Com várias joalherias, o famoso Hotel Ritz, uma coluna romana ao centro, é considerado um local extremamente sofisticado em Paris. Realmente é um lugar clássico, mas teimo em dizer que algumas praças européias carecem de cor, de umas árvorezinhas...


Continuando nessa mesma rua, chegamos na Ópera Garnier.

Ópera Garnier vista da Galerie Lafayette
Quando fui com minha mãe, minha sogra e minha tia para Paris, levei-as para ver uma apresentação de balé (tem apresentações de balé e ópera). O prédio é luxuoso e o espetáculo foi fantástico.

Apesar da foto abaixo mostrar a casa ainda vazia, lotou completamente. Então eu aconselho a comprar com os bilhetes com um pouco de antecedência, se você realmente quer assistir uma apresentação. Eu comprei os meus com uma semana de antecedência, ainda tinha uns 20% de ingressos a venda, mas os meus foram os últimos 4 ingressos juntos.


Vou contar um detalhe importante.

Essa viagem estava inicialmente planejada para a semana em que explodiu o maldito vulcão na Islândia e eu fiquei no meio daquelas desoladas pessoas que não conseguiram embarcar (não riam... foi um dos dias mais tristes da minha vida). Apesar da frustração e desolação absurda de ver seu vôo cancelado, remarquei a viagem para apenas uma semana depois e deu tudo mais do que certo: vôo, hotel, seguro viagem, uma semana de sol maravilhosa.

Apenas uma coisinha não funcionou: devolver os bilhetes da Ópera. Eles avisam no site, na hora que você vai comprar, que não tem devolução do ingresso e, posso garantir, não tem exceção mesmo. Liguei, escrevi um email mega educado, em francês, explicando toda a situação, mas não teve jeito. Como já tinha criado a expectativa nas minhas meninas, joguei para prejuízo, comprei outros ingressos e fomos muito felizes para nosso balé.

Umas compras agora?

Galerie Lafayette – famosérrima loja de departamento, reúne em um mesmo lugar lojas de roupa, perfumes, produtos de beleza, bijouterias e diversos objetos de decoração. Normalmente os preços não são nada acessíveis, mas já consegui comprar perfume e algumas bijouterias.


Vale o passeio e vale a vista do terraço. Não perco nenhuma oportunidade para ver Paris do alto, então vá até o último piso e suba no terraço. Tem uma vista fantástica da Torre Eiffel, da Sacre Couer, da Ópera Garnier e da cidade em geral.

Terraço da Galerie Lafayette
Printemps – outra famosa loja de departamento, praticamente colada na Lafayette. Mesmas observações, com o detalhe de ter uma Ladurée no 1o. Piso!

Vamos andar um pouco mais, virando à esquerda na Rue Tronchet até chegar na bela Place de la Madeleine, onde se destaca a Église de la Madeleine.

Fonte Wikipedia
Na praça ainda se encontra uma das filiais da patisserie e boulangerie Fauchon. Um templo da gula, com chás, cafés, doces, croissants, geléias.

Patisserie Fauchon
Dica final que vai depender muito da sorte. Saindo da Place de la Madeleine, andamos um pouco minha mãe e eu, pelo Boulevard des Italiens. Encontramos alguns camelôs vendendo lenços por 1 euro! Claro que a qualidade não é de uma Hermès, mas por eram lindos, ainda mais por esse preço!

terça-feira, 1 de março de 2011

Roteiros a Pé por Paris – Parte II

Quartier Latin, Pantheon, Sorbonne e Jardin du Luxembourg


Esse roteiro é o que eu mais gosto de fazer em Paris e, para ser bem honesta, sempre exagero um pouco e ando demais demais, muito mais do que os meus pés poderiam aguentar.

O roteiro macro é sair da Notre Dame e chegar no Jardim de Luxemburgo, ou Jardin du Luxembourg em francês, passando por alguns pontos prá lá de importantes, como a universidade Sorbonne e o Pantheon.

Temos dois importantes boulevards que cruzam essa região: Saint Michel e Saint Germain. Perpendiculares um ao outro, os dois formam uma alegre mistura de cafés, restaurantes, livrarias e butiques.

O legal desse roteiro é não seguir muito o roteiro, e sim curtir o bairro, as lojas, as ruas. E é aqui que está a armadilha, pois quando estou caminhando por uma rua, minha atração é facilmente atraída por alguma loja diferente ou uma árvore muito bonita ou um prédio interessante em qualquer uma das várias ruazinhas e, sem exitar um segundo, largo o mapa e me “embrenho” na nova descoberta. Ando tanto, que vira e mexe, preciso parar e tentar descobrir em que lugar do mapa eu me encontro.

Vamos aos fatos, ou melhor, aos passos, começando ali no final do post anterior, na Catedral de Notre Dame.

A Catedral de Notre Dame fica na Île de la Cité, literalmente o coração de Paris, já que foi nessa pequena ilha que a cidade começou. Habitada por uma tribo celta conhecida por Parisii, e que obviamente deu o nome a essa cidade, a pequena vila se expandiu até ganhar o tamanho da Paris de hoje.

Além da Notre Dame, na ilha ainda se encontram a Igreja Sainte-Chapelle, pequena igreja em estilo gótico construída em 1248 (supostamente é aqui que está a coroa de espinhos de Cristo) e, na ilhazinha ao lado, a deliciosa sorveteria Berthillon.

No começo da Île de la Cité está a Pont Neuf (Ponte Nova) que, apesar do nome, é a ponte mais antiga de Paris.


Saindo da Notre Dame, cruze a ponte em sentido “rive gauche”, lado esquerdo, do rio Sena.

Na calçada, ainda margeando o rio, ficam os “bouquinistes”, vendedores de livros usados, revistas, pinturas, posters, discos. Essa é uma imagem típica de Paris que eu amo!



Les Bouquinistes de Notre Dame, de Edouard Cortes
Mantendo a esquerda, vamos entrar no Quartier Latin, nome dado ao bairro onde se encontra a famosa Universidade de Sorbonne, em homenagem aos seus estudantes e a língua falada entre eles, o latim.

Entrando mais no bairro, vire a primeira rua à direita, no número 37 da Rue Bûcherie, e passe na famosa livraria Shapespeare & Co.


Parada obrigatória para os amantes da literatura, a livraria apareceu numa das cenas do belo filme “Antes do pôr do sol”, continuação do “Antes do amanhecer”, , ambos dirigidos por Richard Linklater e estrelados por Ethan Rawke e Julie Delpy.


Se estiver com fome e quiser fazer uma refeição em conta, entre a Rue de la Harpe e a Rue du Petit Pont, tem uma infinidade de restaurantes, um seguido do outro, que oferecem no almoço um pacote entrada+prato+sobremesa por preços bem convidativos. Nessa região tem muitos restaurantes oferecendo comida francesa, mas também tem muitos restaurantes gregos.

Vou ser sincera, comi aqui algumas vezes e não é nada mal e come-se bastante, principalmente porque esse pacote tem mais coisas para comer, mas sou muito mais andar um pouco mais, sair da muvuca, e testar qualquer um dos vários restaurantes da Saint German. Nada estrelados, nada conhecidos, alguns pequenos, mas todos muito bons.

E se quiser fazer uma refeição mais elaborada e um pouco mais cara, ande até chegar no Carrefour de l’Odeon, onde ficam dois dos restaurantes que citei no post Onde comer em Paris. Se tiver oportunidade, teste as três alternativas.

Continuando nosso passeio, ou nossa “promenade”, desça até a Saint Germain e se perca, mesmo. Esse boulevard é extremamente agradável e tem várias lojinhas. Foi aqui que fizemos uma pequena loucurinha e compramos o pequeno tapete que fica na porta do nosso apartamento em São Paulo (loucurinha por ser um tapete, preço fantástico :-)) 

para quem chega...

... e para quem sai.
Entre o Boulevard Saint Michel e a Rue St-Jacques, depois de cruzar a Rue des Écoles, fica a Sorbonne, a mais antiga universidade de Paris.


Descendo a Rue St-Jacques e virando à esquerda na Rue Cujas, chegamos ao Pantheon. Projetado inicialmente como igreja em homenagem à Santa Genoveva, padroeira de Paris, (Sainte Geneviève), o Pantheon foi transformado durante a Revolução Francesa em Templo da Razão e do Conhecimento, e onde foram sepultados alguns nomes famosos como Voltaire e Victor Hugo.  

Pantheon visto do Jardin du Luxembourg
Vamos andar mais... volte para a Saint Germain e cruze a Saint Michel. Indo reto passamos pelo Carrefour de l’Odeon, onde ficam os dois restaurantes que falei num dos parágrafos ali em cima: Les Editeurs e Relais Saint Germain. Os dois são excelentes, mas ainda fiquei com vontade de experimentar vários outros que tem nessa praça/cruzamento... todos parecem tão bons!

Continuando na mesma Saint Germain, chegamos na place du Quebec, onde ficam o Café de Flore, café histórico de Paris por ter sido frequentado por Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir.


Na frente o também famoso Les Deux Magots, concorrente do anterior, frequentado por Hemingway.


Como ficaram terrivelmente turísticos, os preços cobrem também o custo da fama.

Na mesma esquina está a igreja Saint Germain de Prés. Descendo pela Rue Bonaparte, chegamos na Place St-Sulpice, onde se localiza a Igreja do Saint-Sulpice.

Continuando na Rue Bonaparte, chegamos no nosso objetivo final: Jardin du Luxembourg. Um dos lugares que eu mais gosto em Paris!



Mais famoso e freqüentado parque de Paris, era inicialmente propriedade de Duque de Luxembourg e vem daí a origem do seu nome.

O Jardim de Luxemburgo, muito frequentado pelos parisienses, que vão lá para ler, tomar sol ou fazer exercícios, possui cerca de 22 hectares de canteiros floridos, árvores, lagos, teatro de marionetes para as crianças e quadras de esporte para adultos, rodeado por esculturas maravilhosas.

Na frente do palácio, que hoje é a sede do Senado da França, há várias cadeiras em frente às fontes e aos jardins, para os parisienses e visitantes descansarem, lendo livros ou tomando um pouco de sol.



Há alguma coisa de podre no reino da Dinamarca...

No reino da Dinamarca eu realmente não sei, mas ontem recebi alguns emails de amigos dizendo que o link deles de atualização do meu blog mostrava postagens novas, mas quando eles clicavam no link, iam para um outro blog, nada a ver com o meu.

Blogueira iniciante, não tenho a menor idéia do que aconteceu. Tentei verificar se tinha algo diferente no meu blog, mas não achei nada.

Convenhamos que não sou tão famosa para alguém usar essa estratégia para "roubar" os meus leitores, então estou apostando num engano ou alguma falha do sistema.

Deixei uma mensagem para o blog que está levando os meus links, caso seja algum problema lá...

... e pedi socorro à equipe técnica do blogspot!

Equipe do Blogger, me ajuda!


quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Ir para Paris sem falar francês é um problema?


Escrevo esse post a pedido de uma amiga que vai para Paris no mês que vem e não fala nada de francês.

A primeira vez que viajei para Paris, em 1996, falava apenas bonjour e merci. Nessa época, os franceses tinham uma fama terrível de tratar mal qualquer ser humano que ousasse respirar e não falar francês, então eu estava bem tensa.

Com a exceção de uma senhora francesa que encontrei numa loja qualquer, que se recusou a me atender porque eu não falava francês, minha viagem foi adorável e fui muito bem recebida por todas as pessoas e em todos os lugares.

Por esse motivo, nem considero essa francesa na minha conta e respondo a pergunta do post: não, ir para Paris sem falar francês definitivamente não é um problema.

Confesso apenas que essa senhora tem uma boa parcela de responsabilidade na minha decisão de estudar francês. Acho a língua francesa linda e fiquei com vontade de aprender, mas quando realmente decidi começar, há 6 ou 7 anos atrás (uau... como o tempo passa!), foi a imagem dela que veio na minha cabeça.

Assim sendo, minha experiência posterior não conta muito, porque nas outras vezes que voltei para Paris já me virava razoavelmente, mas ouso dizer que a população mais nova não tem problema algum em falar em inglês, e diria até que eles preferem. Algumas vezes entrei em uma loja querendo "gastar" o meu francês e o vendedor me perguntou se eu não falava inglês. (Bom... prefiro não pensar na outra hipótese, do meu francês ser tão tão tão ruim que a pessoa prefere falar inglês...)

Também ouço vários relatos de amigos que falam somente português e não tiveram nenhuma dificuldade em se comunicar com gestos.

Na minha opinião, depende muito do seu espírito ao visitar um país. Se você estiver verdadeiramente interessado em aprender a cultura e os hábitos de um povo, e se for gentil e educado, vai ser sempre bem recebido em qualquer lugar.

E se ainda fizer um mínimo esforço para aprender algumas palavras da língua então... resultado garantido! E, claro, sempre lembrando que chatos de plantão existem em todos os lugares, inclusive aqui.

Voltando ao pedido da minha amiga, fiz uma pequena lista de palavras que podem ajudar os que nada falam. Se eu lembrar ou pensar em mais alguma coisa útil, volto aqui e adiciono na lista.

Pequeno Vocabulário de Francês para Viagem

Obrigado
Merci
(mêr-ci)

Não, obrigado
Non, merci
(nõ mêr-ci)

Por favor
S'il vous plaît
(sil vu plé)

Desculpe!/Perdão!
Pardon!
(par-dõ)

Com licença, por favor
Pardon
(par-dõ)

O que é isso?
Qu'est-ce que c'est?
(kés-ke cé)

Quanto custa?
Combien ça coûte?
(com-bi-ã ça cu-te)

Onde é a Torre Eiffel?
Où est la Tour Eifell?
(u é la tur Eiféll)

Pode me ajudar?
Pouvez-vous m'aider?
(pu-vê-vu mé-dê)

Não compreendo
Je ne comprends pás
(je ne com-prrã pa)

Você fala português?
Est-ce que vous parlez portugais?
(és-ke vu par-lê por-ti-gué)

Não falo francês
Je ne parle pas français
(je ne par-le pa frran-cé)

Posso usar seu telefone?
Est-ce que je peux utiliser votre téléphone?
(és-ke je pe i-ti-li-zê vó-tre te-le-fó-ne)

Para pedir água, que é potável e gratuíta, de torneira nos restaurantes:
"Une carrafe d’eau, s’il vous plaît
(une carrafe dô, sil vu plé)

Francês fala mesmo fazendo biquinho, não é brincadeira. Quando comecei a estudar, minha professora dizia que ia colocar um pregador de roupa nos meus lábios, para eu me acostumar.

Algumas pronúncias diferentes do português, e que podem ser aplicadas para quase 100% dos casos (sempre tem exceção, certo?):

u - biquinho total, é praticamente a letra "i" falada com o biquinho que fazemos ao pronunciar a letra "u".
ou - tem som de "u"
eau - tem som de "ô"
en, in - tem som de "ã"
oi - tem som de "ua"

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A Catedral de Notre Dame


Além de ser uma catedral belíssima, para mim ela é particularmente apaixonante por dois motivos.

O primeiro delels eu sei que vai soar como bobo para muita gente, mas como é absolutamente verdadeiro eu tenho de contar: li tantas vezes o Corcunda de Notre Dame, famoso romance do escritor Victor Hugo, que eu precisava conhecer esse lugar.

O romance se passa na Idade Média e conta a história de Quasímodo e sua paixão por uma cigana de nome Esmeralda. Quasímodo passou toda a sua vida na catedral, após ter sido abandonado pelos pais ainda bebê por causa das suas várias deformidades. Toda a história do romance se passa dentro da Catedral e nos seus arredores, mas não vou contar mais detalhes porque acho que vale muito a pena ler o livro.

Dizem que foi escrita por Victor Hugo exatamente para chamar atenção para a importância da Notre Dame e a necessidade de preservar a catedral. Olha... não sei se era realmente essa sua intenção, mas comigo deu totalmente certo. 

O segundo se originou da minha primeira viagem a Paris. Fiquei num hotel próximo dali, no Quartier Latin, então via a Catedral sempre que saia e voltava ao hotel, duas vezes ao dia. Como preferia andar a pé que de metrô (e na época táxi nem era uma hipótese), muitas vezes descia numa estação antes apenas para andar na margem do Sena, olhando a Notre Dame. Sempre que lembro de Paris, essa cena me volta na memória...


A Catedral fica na Île de La Cité, uma pequena ilha no meio de Paris cercada pelo Rio Sena. Sua construção começou em 1163, e levou quase 200 anos para terminar, tendo sido palco de vários acontecimentos históricos como a coroação de Napoleão I como Imperador, a missa que marcou a libertação da França na II Guerra Mundial, e a cerimônia de beatificação e canonização de Joana D’Arc. 

eu e minhas três meninas, felizes da vida!
A entrada pode ser feita por uma dos três portais frontais da catedral: Portal de Santa Ana, Portal da Virgem e o Portal do Julgamento. Como podemos ver abaixo, os portais são ricamente esculpidos, cada um retratando por meio de figuras a história e vida da Virgem Maria, Jesus e de alguns santos da Igreja Católica.

detalhes do Portal do Julgamento
 

Seu interior é escuro e sóbrio, e emociona. Muita gente está rezando sentado nos bancos e, por mais que tenha turistas aqui, e tem uma quantidade absurda, o clima da catedral e o respeito pelos que estão em silêncio contaminam os demais.

Dê uma volta na Catedral, observando a nave, o altar e os vitrais, lindíssimos! São três vitrais principais, conhecidos como rosáceas por representarem as flores do Paraíso.


E, se você tiver disposição, suba os degraus para a cúpula. São 387 degraus e exige um pouco de preparo físico, mas a vista é de tirar o fôlego.



Paris é uma cidade majoritariamente plana, linda de ser vista do alto. E nessa subida para a cúpula, ganhamos ainda como brinde uma passagem pelo campanário, onde está o sino de 13 toneladas, considerados pelos especialistas um dos mais belos sinos do mundo.

Quando chegamos ao topo, temos a companhia das gárgulas, figuras estranhíssimas que decoram todo o contorno da catedral.

As gárgulas são esculturas colocadas nas saídas das calhas de telhados, com o objetivo de escoar a água das chuvas, diminuindo a sua queda e impacto sobre as ruas.

Foi amplamente usada na Idade Média. Em forma de figuras monstruosas e assustadoras, tinham como função adicional proteger a catedral e afastar os espíritos do mal.

Não sei explicar a razão (provavelmente o interesse vem de novo do livro do Victor Hugo), mas tenho um fascínio absurdo por essas figuras.



Apenas uma nota de roda-pé. O nome Notre Dame é tão conhecido que muitas vezes não fazemos associação ao seu significado em português: Nossa Senhora.