sábado, 30 de abril de 2011

Os melhores restaurantes de Miami

  1. Azul - restaurante do fabuloso hotel Mandarin Oriental. Para mim, o melhor restaurante de Miami. Os pratos são divinos, além de uma bela carta de vinhos, vista para a Biscayne Bay e atendimento impecável. Cozinha mediterrânea com toques asiáticos.
500 Brickell Key Drive, Miami, FL, Estados Unidos - (305)-913-8254
  1. Joe's Crab: esse restaurante é especializado em caranguejo e em frutos do mar em geral. É excelente e normalmente vai o pessoal de Miami mesmo, poucos turistas.
11 Washington Avenue, Miami Beach, FL, Estados Unidos - (305)-673-0365
  1. Café Sambal: aberto somente para almoço. Quer dizer, isso sem contar o fabuloso brunch, servido no domingo. De frente para a baia, a vista é deliciosa e a comida!
500 Brickell Key Drive, Miami, FL, Estados Unidos - (305)-913-8254
  1. Casa Tua: um charmoso restaurante italiano, com ótima comida e bons vinhos. Ambiente mais requintado.
1700 James Avenue, Miami Beach, FL, Estados Unidos
  1. De Vito: fica perto do Joe’s Crab. Entrei aqui por acaso, já que não vi esse nome em nenhuma lista de melhores restaurantes. Grata surpresa!
150 Ocean Drive, Miami Beach, FL, Estados Unidos - (305) 531-0911
  1. Prime One Twelve: ambiente requintado com ótimas opções de grelhados. Único ponto negativo e que talvez tenha sido apenas azar, mas nos ofereceram uma entrada que não estava no cardápio e, como estávamos morrendo de fome, aceitamos. A entrada era mais cara que o prato principal!
112 Ocean Drive, Miami Beach, FL, Estados Unidos - (305)-532-8112 ‎
  1. Perricone’s Market Place: ambiente espaçoso e muito agradável. Especializado em comida italiana.
15 Southeast 10th Street , Miami, FL, Estados Unidos - (305) 374-9449
www.perricones.com‎
  1. Big Pink: casa de hamburguer tradicional de Miami. Para quem gosta de hamburguer, claro!
157 Collins Avenue, Miami Beach, FL 33139-7242, Estados Unidos - (305) 532-4700
  1. TGI Friday’s na Ocean Drive. Talvez seja coisa de brasileiro, mas eu amo esse restaurante, e acho muito melhor do que os pacotes de almoço dos demais restaurantes da Ocean Drive.
500 Ocean Drive, Miami Beach, FL, Estados Unidos - (305) 673-8443
  1. Restaurante do Hotel Shore Club. Menos pela comida e mais pelo ambiente descolado.
1901 Collins Avenue, Miami Beach, FL, Estados Unidos - (305) 695-3100

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Hotéis em Miami

Sempre fico receosa em recomendar um hotel para alguém por inúmeras razões:
1. Porque é algo muito subjetivo, o que é bom e importante para mim pode não ser para outra pessoa.
2. Porque a qualidade de um hotel muda ao longo do tempo, e eu posso não estar atualizada.
3. Porque as nossas próprias expectativas mudam ao longo do tempo e, se voltássemos hoje naquele hotel de 5 anos atrás, teríamos outra opinião.
4. E porque é difícil alguém acostumado a hotéis 5 estrelas achar que um 3 estrelas seja bom, mesmo que seja justo pelo preço pago. Acostumar-se com coisas boas demora um nanosegundo, já o contrário...

Escrevendo esses posts sobre Miami, isso ficou bem mais claro para mim, já que fiquei em vários tipos de hotéis em épocas muito diferentes, e eu mesma não sei se manteria minha opinião voltando em todos eles.

Mesmo com todas essas ressalvas, como uma referência é sempre melhor que nada e como esse é o objetivo desse blog, vou deixar minha opinião sobre os hotéis que fiquei em Miami.

Sei que estou enrolando demais, mas sugiro ainda consultar sempre o site www.tripadvisor.com antes de escolher um hotel. Nesse site, pessoas do mundo todo registram suas impressões sobre os hotéis em que se hospedaram, com nota e ranking de classificação. Esse site tem também uma versão em português - www.tripadvisor.com.br, mas não é tão completa como a outra.

Ok... vamos lá.

Days Inn - South Beach
100 21st Street at Collins Ave, Miami Beach

A primeira vez que fui para Miami foi extensão de fim de semana de uma viagem a trabalho para Fort Lauderdale, uma linda cidade pertinho de Miami. Foi o melhor presente do mundo, porque eu praticamente não tinha grana para nada e não teria feito a viagem sozinha. Com tudo pago, precisei apenas bancar minhas despesas de um final de semana.

Pindaíba total, meu critério foi procurar o hotel mais barato que ficasse próximo da praia.

Encontrei o Days Inn Hotel, que atendeu com excelência o meu critério (preciso também fazer a ressalva que isso aconteceu há mais de 10 anos atrás). Barato, quarto simples, mas confortável e limpo (muito importante!), e super bem localizado, de frente para a praia e a uma distância bem razoável do pedaço mais agitado de South Beach.

Entrei no tripadvisor agora e fiquei bem assustada com as notas. Ou minha expecativa era beeeeeem baixa, ou esse hotel piorou muito!

Aqua
1530 Collins Avenue, Miami Beach


Foi o segundo hotel que fiquei, recomendação de uma amiga.

Um pouco mais caro que o anterior, mas melhor localizado e quarto mais amplo. Descobri, já hospedada, que é um hotel boutique, para mim um jeito descolado de chamar um hotel simples e poder cobrar um pouco mais caro do que poderia. Não tenho reclamações do hotel, apenas achei desnecessário alguns toques modernos, como as luminárias super transadas do quarto, num hotel simples. Ficaria mais feliz pagando alguns dólares a menos.

Mandarin Oriental
500 Brickell Key Drive, Miami

Um dos melhores hotéis que eu já fiquei na vida! Disputa a categoria melhor hotel com o Ritz de Berlin (post  Top Dicas de Berlin), mas ganha pela localização, pela vista e pela piscina.

Só a entrada do hotel já impressiona. Um hall amplo com pé direito alto, funcionários educadíssimos na recepção e um chá gelado para te recepcionar. Todos os quartos são espaçosos e extremamente confortáveis, e possuem uma vista da baia de tirar o fôlego (sim, TODOS os quartos).

vista do meu quarto no Mandarin
A piscina, aquecida, tem borda infinita e está de frente para a maravilhosa baia. Os funcionários trazem água e toalha gelada para você se refrescar. Educadíssimos, tratam igualmente todos os hóspedes, independente de ganharem gorjeta.

vista da piscina do Mandarin
Para completar, tem dois excelentes restaurantes: o Azul e o Café Sambal e o melhor spa da cidade.

Biltmore Hotel
1200 Anastasia Avenue - Coral Gables

Esse hotel, na verdade, não fica em Miami, e sim em Coral Gables. Como é perto, resolvi também colocar aqui na lista.

Fiquei hospedada aqui em março desse ano, para participar de um congresso pela minha empresa.

A piscina do hotel é sensacional e muito grande (o folder do hotel diz que é a maior piscina de hotel dos Estados Unidos) e tem um campo de golfe de outra galáxia. O hotel também guarda um pouco de história e fama, já que Roosevelt e Al Capone se hospedavam aqui com freqüência.

piscina do Biltmore
campo de golfe do Biltmore
Mesmo patamar de preço que o Mandarin, perde no meu ranking pessoal. O quarto é bem normal, a televisão é antiga e o banheiro é pequeno. Além disso, algumas pessoas receberam toalhas na piscina e outras não.

Realmente ficar no Mandarin, acostuma mal qualquer ser humano.

sábado, 23 de abril de 2011

Miami Beach

Miami Beach é uma ilha, mas com acesso tão fácil e tão lindo de Miami que mal percebemos.


Até o início do século XX, no entanto, a única forma de acesso à ilha era por barco.

Foi somente em 1913, com a construção da primeira ponte unindo a ilha ao continente, que Miami Beach começou a se desenvolver. Com acesso mais fácil, teve um desenvolvimento rápido até 1926, quando a queda da bolsa de Nova York trouxe um período de depressão para os Estados Unidos inteiro. Miami não ficou muito tempo e crise, e voltou a crescer já na década de 30.

Desde então, Miami passou por vários altos e baixos. Após a eleição de Fidel Castro em Cuba, atraiu uma infinidade de cubanos descontentes com o novo regime, aumentando sua população.

Atualmente a crise financeira de 2008 puxou para baixo os preços dos imóveis na região, o que só fez aumentar o interesse de estrangeiros em ter um endereço fixo na região. Como disse no post Porque gosto de Miami, os brasileiros representam 25% do novos compradores de apartamentos em Miami.

South Beach

Miami Beach tem vários quilômetros de praia, mas a parte mais agitada fica na região de South Beach, pontinha ao sul da ilha.

A ilha inteira é desenvolvida, com belos apartamentos e hotéis por toda sua extensão, mas é para South Beach que todo mundo quer ir. Modelos a procura de oportunidade, europeus e japoneses fugindo do frio, bandeiras GLS em várias partes, famílias e crianças brincando, South Beach tem clima de festa, descontração, tolerância e segurança.

A Ocean Drive, avenida de frente à praia, é uma passarela para ver e ser visto. Na rua, a velocidade dos carros raramente ultrapassa os 40 km/h, e nenhum motorista se estressa se o carro da frente parar para algum passageiro entrar ou descer, tirar uma prosaica foto ou simplesmente olhar o agito do bar da frente.


Todos os hotéis da Ocean Drive possuem um bar-restaurante no térreo e ficam lotados de turistas o dia inteiro. Durante o dia oferecem café da manhã e almoço a preços convidativos, no fim da tarde o som começa a aumentar e a noite vira uma agitação só.

Em dois bares o agito permanece o dia inteiro, o Mango's Tropical Cafe e o Clevelander. No Mango's, garçonetes com roupas colantes dançam em cima dos balcões ao som de música latina (teve até uma novela da Globo, América, que dava a impressão que Miami erá só feita por bares assim). O Clevelander é um bar aberto, com quiosques servindo caipirinhas, e uma piscina com palco onde vez ou outra um casal dança, movido por música latina e pelos gritos da platéia.

o agito no Mango's Bar
Clevelander
É coincidentemente na frente desses dois bares que a maioria dos carros da Ocean Drive param.

Para fugir um pouquinho do óbvio, na extremidade sul da Ocean Drive está o Nikki Bar. Ambiente jovem e clima mais moderno e descolado, o Nikki Bar tem várias cabanas, poltronas e camas espalhadas pela praia, com música eletrônica tocando o dia inteiro.

Para quem quer se refrescar do calor, ao lado do Nikki Bar e na rua perpendicular à Ocean, uma sorveteria Haagen Daas.

Nikki Bar
Na outra extremidade da avenida um pouco de paz, outra Haagen Daas, uma Starbucks e uma praça e calçadão onde circulam cachorros e seus donos, patinadores, gente correndo ou andando de bicicleta, casais empurrando carrinhos de bebês.



Saindo do circuito praia, mas ainda em South Beach, Lincoln Road Mall é outro lugar da categoria ver-e-ser-visto. Entre as ruas 16th e 17th, um pouco depois do fim da Ocean Drive, é uma rua de pedestres com lojas de marcas famosas, galerias de arte, cafés, bares e restaurantes.

É um lugar gostoso para passear, fazer compras, tomar uma cerveja. E aos domingos, tem uma agradável feira de antigüidades, quadros, bijouterias, doces, que consegue trazer ainda mais movimento.


Não é nada difícil encontrar algumas "celebridades" brasileiras, sentadas em um dos vários bares da Lincoln Não... não tem nenhuma na foto abaixo. Não gosto de alimentar ainda mais o ego dessas pessoas.

Van Dyck Café na Lincoln
A região de South Beach é fortemente marcada pelos prédios art-decô, estilo de decoração que surgiu na Europa nos anos 20 e que dominou as construções de Miami na década de 30. Prédios baixos, de cores claras e linhas retas e simples, quase todos recentemente repaginados por decoradores famosos, dão um tom nostálgico à região.



Na Ocean Drive, ficam alguns dos prédios art-decô mais famosos como o The Tides e Victor Hotel, mas eles também podem ser encontrados na paralela Collins e em algumas das perpendiculares também.

Até o postos ds guarda-vida da praia seguem o estilo art-decô:



Na praia, uma curiosidade para nós brasileiros, não é possível avistar o mar da rua. Ao contrário do Brasil, Miami não possui uma avenida separando a praia das casas e edifícios. Aqui, os prédios foram construídos na praia, a avenida passa por trás deles. Ruim para quem passeia de carro, excelente para quem mora nos edíficios ou para os turistas que estão nos hotéis a beira mar, literalmente pé na areia.

A Ocean Drive é exceção, mas mesmo aqui não se avista o mar da avenida. A praia é separada da avenida por imensas palmeiras, num terreno mais elevado que o mar.

A praia é extensa, areia fina e infinita água azul.



sábado, 16 de abril de 2011

Downtown Miami

Sei que vai parecer bobagem para a grande maioria dos brasileiros, mas como já encontrei pessoas desligadas o suficiente para me perguntar se Miami fica perto de Nova York, vamos ao básico.

Miami é uma cidade do estado da Flórida, sudeste dos Estados Unidos (para os desligados do parágrafo anterior, Nova York fica lá em cima, no norte). Veja no mapa abaixo a sua localização:

Com um clima tropical, composto de verão quente e úmido, e inverno ameno e seco, se torna um destino ideal para quem quer migrar do rigoroso inverno do norte dos Estados Unidos ou da Europa.

Os meses de junho, julho e agosto são os mais concorridos, coincidindo ainda com as férias escolares do país. Para quem quer escapar da confusão e encontrar uma cidade menos cheia, pode escolher todos os outros meses do ano. Mesmo nos meses mais frio, de novembro a março, a temperatura raramente fica abaixo de 17º C.

Miami e Miami Beach são cidades diferentes, mas tão próximas que o turista nem faz distinção.

Miami é dividida pelo rio Miami entre Downtown e Little Havana. Downtown representa o centro financeiro e comercial da cidade e Little Havana, como o próprio nome sugere, é o bairro onde reside grande parte da comunidade cubana que vive em Miami.


A paisagem dos edifícios de Downtown é extraordinária. De dia, temos a visão de edifícios modernos, rodeados pelo rio Miami ou pelas águas da baia. A noite, a iluminação dos edifícios forma um skyline impressionante.

vista de Downtown ao entardecer, vindo de Miami Beach
Downtown teve um desenvolvimento muito grande nos últimos anos, com destaque para a região da Brickell Avenue, uma das áreas de maior prestígio em Miami. A Brickell Key é uma ilha triangular artificial que é um pequeno paraíso na terra. Com vários edifícios residênciais e hotéis de luxo, combina a tranquilidade de suas ruas com a vista absurda da baia.

Brickell Key
Brickell Key
Basquete

Miami é a casa de um dos principais times de basquete dos Estados Unidos, o Miami Heats. Por isso, é imperdível uma ida ao estádio oficial do time: American Airlines Arena, e assistir um jogo do time.

A estrutura do estádio e a organização do jogo impressionam. O jogo é tratado como um evento, com animação da torcida pelo locutor, apresentação de cheerleaders, telões que aproximam os lances dos jogadores e que mostram os torcedores nos intervalos. Impossível nao se contagiar e começar a torcer. Eu, e quem me conhece sabe que não sou nada ligada em esportes, virei fã do Miami Heats acho que em, no máximo, dez minutos de jogos.

Compramos o ingresso pela internet, e foi absurdamente fácil retirá-los na bilheteria. As cadeiras são numeradas e você fica a vontade para sair nos intervalos ou mesmo durante e jogo, e comprar cachorro quente, refrigerante, churros e voltar tranquilamente. No térreo, tem uma loja do Miami Heats, com bonés, camisetas e outros vários objetos com o símbolo do time. Se não quiser comprar nada, não entre lá depois do jogo. Impossível você não comprar nada do seu novo time do coração.



Ao lado do American Airlines Arena, fica o Bayside Market Place, um pequeno shopping de frente para a baia. Tem algumas lojas e restaurantes e vale como uma opção próxima.

As duas primeiras vezes que fui para Miami fiquei em Miami Beach, mas agora só fico em Downtown. Consigo aproveitar a tranquilidade e conforto de hotéis fantásticos, com várias opções de excelentes restaurantes, e curtir o agito de South Beach apenas quando quero.

Talvez o passar dos anos justifique minha mudança de opinião...

terça-feira, 12 de abril de 2011

Porque gosto de Miami



Estava hesitando escrever um post sobre Miami, porque pensava na quantidade de críticas que receberia e em todas as explicações que teria de dar. Na verdade, o post anterior,  Por que você gosta tanto de viajar, nasceu dessas minhas reflexões.

E vocês não acreditam na quantidade de críticas que recebo porque gosto de Miami!!!

O ano passado, voltando de férias, bronzeada e feliz, fui chamada de “uma perfeita idiota” ao responder que estava voltando de lá. Enfrento anti-americano, anti-latino, anti-tudo. Capitalistas que odeiam Cuba cismam em odiar também Miami, apesar dos cubanos terem deixado Cuba por discordarem de Fidel, e não o oposto. Alguns acham Miami muito artificial, outros dizem que não é sofisticada.

Há os que só balançam a cabeça, me reprovando silenciosamente.

Os mais complacentes acham que eu vou para Miami apenas para fazer compras. Quando eu digo que não é só isso, me olham como se eu não quisesse confessar a verdade.

Mas o mais impressionante é que a grande das críticas maioria vem de gente que nunca nem sequer pisou aqui.

Quando fui lembrando de tudo isso, parei, respirei, dei risada e resolvi que preciso mostrar um pouco porque gosto tanto dessa cidade.

Minha primeira viagem para Miami foi também minha primeira viagem aos Estados Unidos.

Tinha muita expectativa com relação aos parques da Disney e da Universal, mas não sabia muito bem o que esperar de Miami. A imagem que se formava, baseada em tudo o que ouvia, era de um lugar meio feio e perigoso, cheio de latinos vendendo quinquilharias falsificadas, contrabando, muito contrabando. Uma cidade à parte dos Estados Unidos, com língua própria, o espanhol.

Quando perguntava sobre a praia, as pessoas apenas balançavam a cabeça e me respondiam: “ah, nem se compara com as do Brasil!”.

Por mais que ouvia, não conseguia acreditar nessa visão do inferno. Lembrava de ler sobre milionários americanos, e alguns milionários brasileiros também, comprando casas e apartamentos espetaculares aqui, e me parecia inconcebível alguém ter um apartamento tão caro num lugar tão ruim. Simplesmente não batia.

Fiquei uma semana em Tampa, a trabalho, e cheguei em Miami de carro, num ensolarado sábado de manhã.

Primeira impressão? As pessoas são loucas!!!

A cidade é linda, prédios modernos, avenidas largas, praias de área branca e um mar calmo de águas azuis.

E, artigo raríssimo para nós brasileiros nesses tempos modernos, segurança. 

Por mais que me esforce, eu não consigo entender o motivo de tanta crítica que não somente o velho preconceito.

Pelo menos sei que não estou sozinha nesse barco. Li num artigo recente que 25% dos prédios à venda em Miami estão sendo comprados por brasileiros.


sábado, 9 de abril de 2011

Por que você gosta tanto de viajar?

Já perdi a conta de quantas vezes ouvi essa mesma pergunta.

Eu realmente gosto muito de viajar, mas tenho uma dificuldade absurda de responder uma pergunta tão simples. Para mim viajar é algo tão tão tão natural que no começo tinha até dificuldade de entender o que a pessoa estava perguntando. Na primeira vez que ouvi, tenho certeza que na minha cara se formou um grande ponto de interrogação, enquanto pensei: “Como assim? Você não gosta de viajar?”

Com o passar dos anos, aprendi que as pessoas são diferentes. Que comprar um carro novo traz a mesma felidade para alguns que um carimbo novo no passaporte traz para mim. As pessoas dão importância a valores diferentes, e não tem errado nem certo. 

Mesmo assim, sempre respondo alguma coisa boba como “porque sim” ou “porque é bom”. Penso que se alguém precisa fazer essa pergunta é porque não vai me entender jamais.

Mas hoje resolvi me esforçar um pouco e tentar responder essa pergunta. Se não para todos que me perguntam, para mim mesma. Por que eu gosto tanto de viajar?

Quando criança ainda, olhava um vale lindo que tem perto da minha cidade natal, Marília, e pensava: o que será que tem depois do vale?

E essa pergunta é o que me move até hoje. Quero saber como é o outro lugar, qualquer que seja ele, uma cidade em outro estado ou em outro país, na praia, na montanha. Como são as casas, os prédios, a arquitetura, como a cidade é organizada, como as pessoas vivem, quais seus hábitos, como funciona o metrô, os táxis, qual o prato típico. É um misto de curiosidade com vontade de explorar um novo lugar, uma inquietude que não me deixa ficar muito tempo no mesmo lugar.

E uma vontade de aprender. Conhecer pessoas novas, culturas diferentes, e entender um pouco mais a raça humana. Descobrir que pessoas boas ou más, legais ou chatas tem em todas as nacionalidades. Aprender história ao vivo andando pelas ruas de Berlim. Descobrir que o inglês vota sem precisar mostrar nehum documento provando sua identidade, que o alemão compra o ticket de metrô mesmo não tendo catraca que o proíba de entrar, que o francês curte uma boa refeição e um bom vinho todos os dias, que os italianos falam mesmo com as mãos e que são igualzinhos a mim. Aprender uma língua nova.

Buscar a sensação de paz, liberdade e felicidade absurda que alguns lugares me trazem. Sentar num bar, ver as pessoas indo e vindo, pensar em toda a história que aconteceu ali. Ver pela primeira vez um quadro que só conhecia em livros. Ou uma paisagem de tirar o fôlego. Um comida diferente, um tempero novo.

E por fim, é voltar melhor. Com saudades da minha casa, das minhas coisinhas, da minha família, dos meus amigos. Assimilar as coisas boas da outra cultura, e dar valor as coisas boas da nossa. Das minhas andanças pelo mundo, sinto vergonha de termos nos habituado com tanta violência, corrupção, pobreza, mas também tenho orgulho de sermos um povo com jogo de cintura para encontrar soluções quando as regras escritas não funcionam.

Quando li o livro “Mar sem fim”, do Amyr Klink, me deparei com um trecho que resume bem tudo isso que eu tentei escrever acima:
Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou tv. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Rota Romântica na Alemanha - Neuschwanstein


O título dessa postagem deveria ser Füssen, o nome da última cidade da Rota Romântica, seguindo o mesmo padrão de todas as outras postagens sobre essa rota.

Alteração justificada porque Füssen é lindinha, mas a atração aqui é mesmo o castelo Neuschwanstein. A cidade somente orbita ao seu redor.

São na verdade dois castelos para visitação: o Hohenschwangau e o Neuschwanstein.

O Castelo Hohenschwangau foi a residência de infância do Rei Ludwig II da Baviera. Das janelas desse castelo, o Rei Ludwig II avistava o local de construção do Neuschwanstein e acompanhava o andamento das obras. O castelo é lindo e vale muito a visita.

Hohenschwangau
Hohenschwangau
O Neuschwanstein foi construído pelo próprio rei Ludwig II, num projeto caro e audacioso.

O resultado final é espetacular! Como se não fosse suficiente o castelo ser fabuloso, está inserido no alto de uma montanha, tendo ao seu redor florestas, cachoeiras e os Alpes, com seus picos permanentes de neve, formando um cenário de deixar qualquer pessoa sem fala.

Dizem que foi nele que Walt Disney se inspirou para criar o castelo da Cinderela, e basta olhar uma única vez para se acreditar piamente na história.
 

 

O rei Ludwig II levou uma vida de reclusão e foi considerado um excêntrico. Apaixonado por música, tornou-se patrono do compositor Richard Wagner e chegou a decorar alguns quartos do castelo com temas de uma de suas óperas.

O rei foi considerado louco, sendo deposto do trono em 1886. Terminou seus dias confinado no castelo de Berg, próximo ao Lago de Starnberg, onde morreu afogado.

Dica: tem uma ponte próxima ao castelo que se chama Marienbrücke. Dessa ponte temos uma vista maravilhosa do castelo, de onde foi tirada a foto do início do post e a foto abaixo.

sábado, 2 de abril de 2011

Rota Romântica na Alemanha - Landsberg am Lech


Outra bela cidade que vale a pena parar o carro e dar uma volta.

Landsberg am Lech fica às margens do rio Lech, formando uma bela vista com o rio e as antigas casinhas coloridas da cidade.

O coração da pequena cidade de 27.000 habitantes é a praça da Rathaus, “prefeitura”. A torre Schmalz é impossível passer despercebida.



O dia estava ensolarada e o rio estava cheio de cisnes. Belo presente.


Landsberg am Lech está no Km 307 da Rota.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Rota Romântica na Alemanha - Donauwörth


Donauwörth é outra linda cidadezinha alemã, com menos de 20.000 habitantes.



Como já disse nessa coleção de posts sobre a Rota Romântica, todas as cidadezinhas alemãs são lindas.

No começo da Rota, eu ficava encantada com tudo o que via. Depois de alguns quilômetros, olhos já estão acostumados com tanta beleza, nos tornamos mais exigentes. “Hum... Outra linda cidadezinha alemã, tá bom. E daí? O que mais?”
Donauwörth tem mais. A cidade se situa às margens da confluência dos rios Danúbio, Donau em alemão, e Wörnitz.

Chegamos em Donauwörth depois de passar pelas cidades de Schillingsfürst, Feuchtwangen, Dinkelsbühl, Wallerstein, Nördlingen im Geopark Ries e Harburg, percorrendo 225 km da Rota.