Miami Beach é uma ilha, mas com acesso tão fácil e tão lindo de Miami que mal percebemos.
Até o início do século XX, no entanto, a única forma de acesso à ilha era por barco.
Foi somente em 1913, com a construção da primeira ponte unindo a ilha ao continente, que Miami Beach começou a se desenvolver. Com acesso mais fácil, teve um desenvolvimento rápido até 1926, quando a queda da bolsa de Nova York trouxe um período de depressão para os Estados Unidos inteiro. Miami não ficou muito tempo e crise, e voltou a crescer já na década de 30.
Desde então, Miami passou por vários altos e baixos. Após a eleição de Fidel Castro em Cuba, atraiu uma infinidade de cubanos descontentes com o novo regime, aumentando sua população.
Atualmente a crise financeira de 2008 puxou para baixo os preços dos imóveis na região, o que só fez aumentar o interesse de estrangeiros em ter um endereço fixo na região. Como disse no post
Porque gosto de Miami, os brasileiros representam 25% do novos compradores de apartamentos em Miami.
South Beach
Miami Beach tem vários quilômetros de praia, mas a parte mais agitada fica na região de South Beach, pontinha ao sul da ilha.
A ilha inteira é desenvolvida, com belos apartamentos e hotéis por toda sua extensão, mas é para South Beach que todo mundo quer ir. Modelos a procura de oportunidade, europeus e japoneses fugindo do frio, bandeiras GLS em várias partes, famílias e crianças brincando, South Beach tem clima de festa, descontração, tolerância e segurança.
A Ocean Drive, avenida de frente à praia, é uma passarela para ver e ser visto. Na rua, a velocidade dos carros raramente ultrapassa os 40 km/h, e nenhum motorista se estressa se o carro da frente parar para algum passageiro entrar ou descer, tirar uma prosaica foto ou simplesmente olhar o agito do bar da frente.
Todos os hotéis da Ocean Drive possuem um bar-restaurante no térreo e ficam lotados de turistas o dia inteiro. Durante o dia oferecem café da manhã e almoço a preços convidativos, no fim da tarde o som começa a aumentar e a noite vira uma agitação só.
Em dois bares o agito permanece o dia inteiro, o Mango's Tropical Cafe e o Clevelander. No Mango's, garçonetes com roupas colantes dançam em cima dos balcões ao som de música latina (teve até uma novela da Globo, América, que dava a impressão que Miami erá só feita por bares assim). O Clevelander é um bar aberto, com quiosques servindo caipirinhas, e uma piscina com palco onde vez ou outra um casal dança, movido por música latina e pelos gritos da platéia.
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o agito no Mango's Bar |
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Clevelander |
É coincidentemente na frente desses dois bares que a maioria dos carros da Ocean Drive param.
Para fugir um pouquinho do óbvio, na extremidade sul da Ocean Drive está o Nikki Bar. Ambiente jovem e clima mais moderno e descolado, o Nikki Bar tem várias cabanas, poltronas e camas espalhadas pela praia, com música eletrônica tocando o dia inteiro.
Para quem quer se refrescar do calor, ao lado do Nikki Bar e na rua perpendicular à Ocean, uma sorveteria Haagen Daas.
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Nikki Bar |
Na outra extremidade da avenida um pouco de paz, outra Haagen Daas, uma Starbucks e uma praça e calçadão onde circulam cachorros e seus donos, patinadores, gente correndo ou andando de bicicleta, casais empurrando carrinhos de bebês.
Saindo do circuito praia, mas ainda em South Beach, Lincoln Road Mall é outro lugar da categoria ver-e-ser-visto. Entre as ruas 16th e 17th, um pouco depois do fim da Ocean Drive, é uma rua de pedestres com lojas de marcas famosas, galerias de arte, cafés, bares e restaurantes.
É um lugar gostoso para passear, fazer compras, tomar uma cerveja. E aos domingos, tem uma agradável feira de antigüidades, quadros, bijouterias, doces, que consegue trazer ainda mais movimento.
Não é nada difícil encontrar algumas "celebridades" brasileiras, sentadas em um dos vários bares da Lincoln Não... não tem nenhuma na foto abaixo. Não gosto de alimentar ainda mais o ego dessas pessoas.
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Van Dyck Café na Lincoln |
A região de South Beach é fortemente marcada pelos prédios art-decô, estilo de decoração que surgiu na Europa nos anos 20 e que dominou as construções de Miami na década de 30. Prédios baixos, de cores claras e linhas retas e simples, quase todos recentemente repaginados por decoradores famosos, dão um tom nostálgico à região.
Na Ocean Drive, ficam alguns dos prédios art-decô mais famosos como o The Tides e Victor Hotel, mas eles também podem ser encontrados na paralela Collins e em algumas das perpendiculares também.
Até o postos ds guarda-vida da praia seguem o estilo art-decô:
Na praia, uma curiosidade para nós brasileiros, não é possível avistar o mar da rua. Ao contrário do Brasil, Miami não possui uma avenida separando a praia das casas e edifícios. Aqui, os prédios foram construídos na praia, a avenida passa por trás deles. Ruim para quem passeia de carro, excelente para quem mora nos edíficios ou para os turistas que estão nos hotéis a beira mar, literalmente pé na areia.
A Ocean Drive é exceção, mas mesmo aqui não se avista o mar da avenida. A praia é separada da avenida por imensas palmeiras, num terreno mais elevado que o mar.
A praia é extensa, areia fina e infinita água azul.