sexta-feira, 8 de julho de 2011

Uma introdução a Madrid


Madrid é uma cidade cosmopolita. É a maior cidade e capital da Espanha, com 3 milhões de habitantes, e também o centro financeiro do país.

É extremamente limpa, organizada e segura, e recebe muito bem os visitantes de todas as partes do mundo.

Andando pelas ruas tranquilas, não dá para esquecer a covardia dos atentados terroristas que a cidade sofreu em 2004. Que fiquem sempre no passado...

Madrid tem avenidas largas e arborizadas, chamadas de “Passeios”, com dezenas de restaurantes e cafés espalhados sob as árvores, por onde podemos nos perder por horas.

Os museus do Prado e Reigna Sofia estão entre os melhores do mundo, sem nenhum exagero.

Como gosto cada vez mais de entender a história dos lugares que conheço, vou fazer uma rápida volta ao tempo:

Hoje a Espanha é uma monarquia constitucional, um país democrático e livre, mas nem sempre foi assim.

No início da década de 30 a Espanha passou por um evento muito traumático: a Guerra Civil Espanhola.

De um lado se posicionou a direita, representada por Francisco Franco, que queria livrar o país da influência comunista e restabelecer os valores da Espanha tradicional, autoritária e católica. Do outro lado, a esquerda espanhola, representada pelos Republicanos, para quem era preciso dar um basta ao avanço do fascismo que já havia conquistado Itália, a Alemanha e a Áustria.

Madrid sofreu muito com a guerra por ser um dos principais núcleos republicanos na Espanha, e foi alvo dos primeiros bombardeamentos aéreos contra civis da história da Humanidade.

A direita ganhou e assim iniciou-se a ditadura de Franco, período que durou de 1939 a 1975. Franco teve total apoio e ajuda da Alemanha durante a Guerra Civil. Apesar disso, a Espanha, já com problemas suficientes para resolver, manteve sua neutralidade durante a Segunda Guerra Mundial.

A ditadura de Franco marcou-se por um período inicial muito violento, com repressão, prisão e fusilamento dos seus inimigos. Pressionada principalmente pelos Estados Unidos no início dos anos 60, começou a tomar algumas medidas mais democráticas.

No final do seu governo, Franco apresentou às Cortes o príncipe Juan Carlos, neto do rei Afonso XII e herdeiro natural ao trono, como sucessor do seu governo, reinstaurando a monarquia no país. O Rei Juan Carlos é ainda hoje o rei da Espanha.

O quadro Guernica, de Picasso, foi pintado para retratar o bombardeio sofrido, durante a Guerra Civil Espanhola, pela cidade de Guernica. Como protesto, Picasso deixou o quadro no Museu de Arte Moderna em New York, o MOMA, e pediu para que o quadro retornasse à Espanha apenas quando o governo de Franco caísse.
O quadro voltou para Madrid em 1981, e hoje está exposto no Museu Reigna Sofia.

Para quem gosta de ler, recomendo o livro “O tempo entre costuras” da espanhola Maria Dueñas. É um romance histórico, com personagens fictícios misturado com personagens reais, é um bom panorama para entender o período da Guerra Civil.

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