Quartier Latin, Pantheon, Sorbonne e Jardin du Luxembourg
Esse roteiro é o que eu mais gosto de fazer em Paris e, para ser bem honesta, sempre exagero um pouco e ando demais demais, muito mais do que os meus pés poderiam aguentar.
O roteiro macro é sair da Notre Dame e chegar no Jardim de Luxemburgo, ou Jardin du Luxembourg em francês, passando por alguns pontos prá lá de importantes, como a universidade Sorbonne e o Pantheon.
Temos dois importantes boulevards que cruzam essa região: Saint Michel e Saint Germain. Perpendiculares um ao outro, os dois formam uma alegre mistura de cafés, restaurantes, livrarias e butiques.
O legal desse roteiro é não seguir muito o roteiro, e sim curtir o bairro, as lojas, as ruas. E é aqui que está a armadilha, pois quando estou caminhando por uma rua, minha atração é facilmente atraída por alguma loja diferente ou uma árvore muito bonita ou um prédio interessante em qualquer uma das várias ruazinhas e, sem exitar um segundo, largo o mapa e me “embrenho” na nova descoberta. Ando tanto, que vira e mexe, preciso parar e tentar descobrir em que lugar do mapa eu me encontro.
Vamos aos fatos, ou melhor, aos passos, começando ali no final do post anterior, na Catedral de Notre Dame.
A Catedral de Notre Dame fica na Île de la Cité, literalmente o coração de Paris, já que foi nessa pequena ilha que a cidade começou. Habitada por uma tribo celta conhecida por Parisii, e que obviamente deu o nome a essa cidade, a pequena vila se expandiu até ganhar o tamanho da Paris de hoje.
Além da Notre Dame, na ilha ainda se encontram a Igreja Sainte-Chapelle, pequena igreja em estilo gótico construída em 1248 (supostamente é aqui que está a coroa de espinhos de Cristo) e, na ilhazinha ao lado, a deliciosa sorveteria Berthillon.
No começo da Île de la Cité está a Pont Neuf (Ponte Nova) que, apesar do nome, é a ponte mais antiga de Paris.
Saindo da Notre Dame, cruze a ponte em sentido “rive gauche”, lado esquerdo, do rio Sena.
Na calçada, ainda margeando o rio, ficam os “bouquinistes”, vendedores de livros usados, revistas, pinturas, posters, discos. Essa é uma imagem típica de Paris que eu amo!
Les Bouquinistes de Notre Dame, de Edouard Cortes |
Mantendo a esquerda, vamos entrar no Quartier Latin, nome dado ao bairro onde se encontra a famosa Universidade de Sorbonne, em homenagem aos seus estudantes e a língua falada entre eles, o latim.
Entrando mais no bairro, vire a primeira rua à direita, no número 37 da Rue Bûcherie, e passe na famosa livraria Shapespeare & Co.
Parada obrigatória para os amantes da literatura, a livraria apareceu numa das cenas do belo filme “Antes do pôr do sol”, continuação do “Antes do amanhecer”, , ambos dirigidos por Richard Linklater e estrelados por Ethan Rawke e Julie Delpy.
Se estiver com fome e quiser fazer uma refeição em conta, entre a Rue de la Harpe e a Rue du Petit Pont, tem uma infinidade de restaurantes, um seguido do outro, que oferecem no almoço um pacote entrada+prato+sobremesa por preços bem convidativos. Nessa região tem muitos restaurantes oferecendo comida francesa, mas também tem muitos restaurantes gregos.
Vou ser sincera, comi aqui algumas vezes e não é nada mal e come-se bastante, principalmente porque esse pacote tem mais coisas para comer, mas sou muito mais andar um pouco mais, sair da muvuca, e testar qualquer um dos vários restaurantes da Saint German. Nada estrelados, nada conhecidos, alguns pequenos, mas todos muito bons.
E se quiser fazer uma refeição mais elaborada e um pouco mais cara, ande até chegar no Carrefour de l’Odeon, onde ficam dois dos restaurantes que citei no post Onde comer em Paris. Se tiver oportunidade, teste as três alternativas.
Continuando nosso passeio, ou nossa “promenade”, desça até a Saint Germain e se perca, mesmo. Esse boulevard é extremamente agradável e tem várias lojinhas. Foi aqui que fizemos uma pequena loucurinha e compramos o pequeno tapete que fica na porta do nosso apartamento em São Paulo (loucurinha por ser um tapete, preço fantástico :-))
para quem chega... |
... e para quem sai. |
Descendo a Rue St-Jacques e virando à esquerda na Rue Cujas, chegamos ao Pantheon. Projetado inicialmente como igreja em homenagem à Santa Genoveva, padroeira de Paris, (Sainte Geneviève), o Pantheon foi transformado durante a Revolução Francesa em Templo da Razão e do Conhecimento, e onde foram sepultados alguns nomes famosos como Voltaire e Victor Hugo.
Pantheon visto do Jardin du Luxembourg |
Vamos andar mais... volte para a Saint Germain e cruze a Saint Michel. Indo reto passamos pelo Carrefour de l’Odeon, onde ficam os dois restaurantes que falei num dos parágrafos ali em cima: Les Editeurs e Relais Saint Germain. Os dois são excelentes, mas ainda fiquei com vontade de experimentar vários outros que tem nessa praça/cruzamento... todos parecem tão bons!
Continuando na mesma Saint Germain, chegamos na place du Quebec, onde ficam o Café de Flore, café histórico de Paris por ter sido frequentado por Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir.
Na frente o também famoso Les Deux Magots, concorrente do anterior, frequentado por Hemingway.
Como ficaram terrivelmente turísticos, os preços cobrem também o custo da fama.
Na mesma esquina está a igreja Saint Germain de Prés. Descendo pela Rue Bonaparte, chegamos na Place St-Sulpice, onde se localiza a Igreja do Saint-Sulpice.
Continuando na Rue Bonaparte, chegamos no nosso objetivo final: Jardin du Luxembourg. Um dos lugares que eu mais gosto em Paris!
Mais famoso e freqüentado parque de Paris, era inicialmente propriedade de Duque de Luxembourg e vem daí a origem do seu nome.
O Jardim de Luxemburgo, muito frequentado pelos parisienses, que vão lá para ler, tomar sol ou fazer exercícios, possui cerca de 22 hectares de canteiros floridos, árvores, lagos, teatro de marionetes para as crianças e quadras de esporte para adultos, rodeado por esculturas maravilhosas.
Na frente do palácio, que hoje é a sede do Senado da França, há várias cadeiras em frente às fontes e aos jardins, para os parisienses e visitantes descansarem, lendo livros ou tomando um pouco de sol.
Estou amando a leitura do blog e, nest post especificamente, as flores!
ResponderExcluirEm que mês foram feitas estas fotos lindas?
Obrigada!!!