sábado, 22 de outubro de 2011

Slow Travel – Viajar, ver e conhecer… sem pressa!

“Slow travel is not about money or privilege. Slow travel is a state of mind. It is about having the courage not to go the way of the crowd.”

“Slow travel não tem a ver com dinheiro ou privilégio. Slow travel é um estado mental. É ter a coragem de não seguir o mesmo caminho da multidão.”

(Slow Travel Manifest - http://www.slowtraveleurope.eu/)

Begur - um mix de Slow Travel com Dolce far Niente
A primeira vez que ouvi esse termo foi numa reportagem de uma revista de turismo, nem lembro qual.

Achei a idéia interessante, mas a minha fome de conhecer o mundo não me deixou explorar muito bem o termo e assimilar o seu significado.

A primeira vez que fui para Paris fiquei apenas 4 dias, incluindo um dia para Versalles. Quase morri do coração porque era tempo de menos e coisa demais para ver.

Na segunda vez, fui com meu marido. Para ele, era sua primeira viagem para Paris e também para a Europa. Ficamos de novo 4 dias, mas dessa vez sem Versalles. Ainda foi pouco, mas curti um pouco mais.

Gostei de voltar para uma cidade que já conhecia e comecei a ter vontade de correr menos, de ver menos coisas, mas melhor.

Comecei a planejar minhas viagens com menos ansiedade, cortando algumas cidades para ficar mais dias em cada uma delas, estudando melhor as distâncias para evitar perder dias inteiros em translados.

Tenho cada vez mais feito isso. Curtir a cidade, andar pelas suas ruas, fugir dos roteiros dos guias, conversar com outras pessoas, locais ou mesmo outros turistas. Aprender algumas palavras do idioma local.

Conhecer culturas diferentes, hábitos diferentes dos nossos.

Mesmo assim, de vez em quando minha natureza ansiosa fala mais alto e eu preciso de uma bronca, normalmente do meu marido, para ir mais devagar.

Tinha muitos planos para a Costa Brava. Qualquer reportagem que você leia a respeito vai fazer com que eu seja compreendida. Tem muita praia, tem muita cidade bonita, tem muita coisa para fazer.

Na minha cabeça, eu tomava café da manhã num lugar, almoçava em outro e jantava num terceiro.

Begur me fez lembrar que conhecer um lugar não significa passar rapidamente por ele.

Ficar os quatro dias em Begur, me fez conhecer cada pedrinha do caminho entre o hotel e a praia.

Descobrir que onde se aluga cadeiras de praia, aluga-se também um belo caiaque. E só por causa disso, aprender a andar de caiaque no mar.

Conversar com as pessoas da cidade, curtir o pôr do sol.

A tentação de fazer um milhão de coisas nas férias é muito grande. Afinal, temos tão pouco tempo!

Tente vencê-la, conhecer bem um lugar que você gostou faz o efeito das férias durar muito mais tempo.

2 comentários:

  1. Perfeito!

    Por isso que meu sonho de aposentadoria é poder ir todo ano para a Europa de navio, ficar 6 meses e voltar de novo de navio. E nestes 6 meses, escolher 3 cidades e ficar 2 meses em cada uma, sentindo tudo isso que você mencionou de uma forma muito mais intensa e ao mesmo tempo serena.
    Pelas minhas contas, este estilo de vida sairia quase pelo mesmo custo que a vida hoje em São Paulo....

    Que estes dias cheguem enquanto eu ainda possa andar bastante!

    Daniel

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  2. Daniel,
    Compartilho o mesmo sonho... e o mesmo desejo da sua última frase :)
    abraços,
    Adriana

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