domingo, 20 de março de 2011

Roubos no Exterior

Nós brasileiros, principalmente os que moram em grandes cidades, estamos mais do que acostumados a furtos, assaltos, armas e violência e, devido a isso, vivemos constantemente ligados, sempre com nossas bolsas e carteiras sob controle.

No entanto, mesmo sendo especialistas no assunto, tendemos a relaxar quando estamos de férias. O que é mais do que normal, certo? Afinal, esse é o objetivo maior das férias.

Apesar disso, não custa nada prestar um pouco de atenção em lugares com muita gente, como ruas movimentadas, metrôs e ônibus. Certamente não é o que queremos nas férias, mas ficar sem documentos e dinheiro fora do seu país é uma dor de cabeça que queremos menos ainda.

Minha madrinha teve a carteira roubada da sua bolsa em Paris, com o seu passaporte junto, uma amiga do trabalho sofreu uma tentativa de assalto em Roma (a pessoa tentou levar sua bolsa, mas ela conseguiu segurar), quando estava visitando o Château de Versailles avisaram no auto-falante para tomar cuidado com batedores de carteira.

Infelizmente vivenciamos coisas muito piores no Brasil. Eu mesma já tive o carro roubado uma vez, e fui assaltada a mão armada em outra, ambas na cidade que moro - São Paulo, e tenho vários amigos em situação parecida ou até mesmo pior, sofrendo seqüestros relâmpagos (o que me faz até sonhar com batedores de carteira que você nem nota agindo).

Não vou deixar de viajar por causa disso, mas acho muito importante estarmos sempre atentos e saber quais são os lugares mais visados, tanto aqui quanto no exterior.

Por isso, escrevo abaixo cópia de alguns trechos da matéria do jornal do Estado de São Paulo de hoje, 20 de março de 2011.
Calle Florida é o paraíso de batedores de carteira
Antes um elegante calçadão no centro de Buenos Aires, a famosa Calle Florida transformou-se nos últimos tempos em um inferno para turistas distraídos. Em média, de 20 a 30 pessoas são roubadas diariamente na rua, segundo denúncias feitas à polícia, mas estima-se que sejam apenas uma pequena parte das vítimas.
O trecho mais visado são os cinco quarteirões entre a Calle Sarmiento e a Avenida Córdoba. Além da rua, os batedores também agem dentro de lojas cheias de clientes.
Além dos batedores de carteira, os turistas também devem ficar atentos às notas falsas de pesos. Especialistas e policiais federais argentino estimam que o dinheiro falso equivale hoje a 3% do total circulante argentino.
Na maior parte das vezes, as cédulas de dinheiro falso são repassadas em táxis, remises (carros de aluguel), bares, restaurantes e lanchonetes.
              Preste atenção…
  1. Na Recoleta. O mais elegante bairro de Buenos Aires é alvo da ação dos “moto-chorros”, os “moto-bandidos”. Atenção para as motocicletas nas quais há alguém na garupa. A pessoa que vai atrás é quem geralmente rouba bolsas, relógios e pacotes dos pedestres.
  2. Na Calle Florida. Lotada em quase todos os horários e cheia de turistas distraídos, é um prato cheio para os batedores de carteira. É preciso ficar atento ainda nas vias paralelas a ela – assaltantes também agem por ali.
  3. Avenida 9 de Julio. A ampla via do centro da cidade e o policiamento muitas vezes deficiente permitem a fuga rápida dos assaltantes que agem na região.
  4. No Caminito. As redondezas da famosa rua colorida do bairro La Boca, frequentada principalmente por turistas, também são pontos de batedores de carteira, que escondem-se nos cortiços da vizinhança. É preciso tomar cuidado com aglomerações.”

7 comentários:

  1. Adri, estive em BsAs no carnaval e são constantes os avisos sobre roubos e assaltos a mão armada na Calle Florida, no Boca, Caminito, Plaza de San Martín e até mesmo em Porto Madero. É uma pena! A cidade está linda, mas bem perigosa...
    Beijos,
    Lu

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  2. Lu,
    Assalto é ruim sempre, mas nas férias é demais, né?
    bjs
    Dri

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  3. Acabei de voltar de Buenos Aires. Passei 4 noites lá com minha esposa e meus pais. Antes de viajar, planejamos tudo e estávamos informados à respeito de assaltos e tudo mais. Por isso, tomamos bastante cuidado e não tivemos problemas com notas falsas nem furtos. Tudo seria perfeito se não tivesse ocorrido o seguinte fato, logo no meu primeiro dia. Resolvemos fazer o city tour, como muitos turistas fazem. Não pegamos o do hotel, e sim fomos pegar o da rua, que é um pouco mais barato, mas é oficial da prefeitura da cidade e tem dois andares, sendo o de cima descoberto, que dá todo um tchan pra curtir a cidade. Vimos a cidade inteira e só resolvemos saltar no Caminito, pois não pretendíamos voltar lá de taxi, por ser um local "perigoso" e tudo mais. Saltamos uma estação antes (na frente da Bombonera), por conta de uma informação errada no itinerário fornecido, e tivemos que andar uns 3 quarteirões até o Caminito. Não tivemos problemas nesse trajeto de ida ao Caminito e volta ao ponto, fora os caras chatos dos restaurantes que ficam querendo te agarrar pra comer no deles.

    Mas por incrível que pareça, não escapamos da violência. Esse ônibus do city tour da prefeitura é bastante esculhambado, eles param demais em alguns pontos, demoram pra andar, e o motorista mais uma vez resolveu parar num ponto que parecia desativado, numa das ruas não turísticas da Boca (me parece que existem 3 pontos do city tour da prefeitura no bairro), para almoçar (comprou empanadas num restaurante). Logo antes dele parar no maldito ponto, escutamos um barulho de pedrada, e duas moças brasileiras que estavam sentadas atrás de nós disseram timidamente que meninos da rua haviam jogado uma pedra no ônibus. Imaginei que fossem moleques brincando de jogar pedra no ônibus, e não nas pessoas, pois é o tipo de molecagem que crianças pobres no Brasil costumam fazer. As meninas resolveram sair dos bancos do lado da rua e foram pro outro lado, mais à frente. Eu e minha esposa, na nossa ingenuidade, permanecemos sentados, com meus pais à frente, que não haviam percebido nada por conta dos fones de ouvido que ficam explicando o city tour durante o passeio. Simplesmente não acreditamos que as crianças pudessem fazer o que em seguida fizeram. Depois do motorista pegar suas empanadas e andar com o ônibus, uma criança que possivelmente atirou a primeira pedra (era um grupo que se escondeu depois da primeira) reapareceu do nada e me acertou com uma pedra enorme atrás da cabeça. Tive que levar 3 pontos na cabeça e gastamos uma nota num hospital particular, com medo de enfrentar mais sofrimento no hospital público da Boca que haviam nos sugerido. O motorista do ônibus e a "cobradora" fizeram uma cara de idiotas quando descemos e reclamamos do ocorrido, e sequer se ofereceram de nos levar ao hospital ou chamar a polícia no local. Seguimos até próximo ao Puerto Madero para pegar um taxi e ir ao hospital. Apesar disso, não abrimos mão do resto da viagem e aproveitamos muita coisa boa da cidade, assim como muitos porteños nos trataram bem e foram gentis, incluindo taxistas.

    O que quero com esse comentário é recomendar que NINGUÉM vá aos bairros pobres da cidade, especialmente o La Boca. A prefeitura da cidade simplesmente não faz o menor esforço pra proteger os turistas, colocando o ônibus oficial de city tour fazendo esse trajeto, e ainda nos expondo ao risco, parando o ônibus nessas ruas desertas. O ônibus é lento demais, nos faz perder tempo de tantas paradas e filas para subir nele nos pontos principais da cidade, e ainda nos causou esse prejuízo de ter perdido 4 horas da viagem indo ao hospital, pagando uma fortuna pelos pontos e por uma injeção anti-tetânica, aguardando atendimento (mesmo pagando caro) e engolindo essa agressão gratuita.

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  4. A lição que nos fica é sempre sermos hiper cautelosos, não ter vergonha de gritar por ajuda e se abrigar num lugar protegido ao menor sinal de agressão, sejam xingamentos, pedras ou tiros. E nunca perder tempo visitando bairros carentes que não sabem tratar bem seus turistas. Fomos humildemente no Caminito, pagamos conta de restaurante, demos gorjeta, compramos águas, fizemos nossa parte pra contribuir pelo desenvolvimento local, e somos agradecidos levando pedradas. Entendo que pessoas sofridas muitas vezes retribuem com atos violentos a violência que lhes é cometida, mas acho um absurdo que a prefeitura da cidade não tenha percebido que estará perdendo muito dinheiro expondo os turistas à uma região que eles não podem garantir a segurança. Fico imaginando o que pode acontecer com alguém que resolva ir assistir um jogo na Bombonera ou ir nos bares e restaurantes da Boca de noite, sinceramente recomendo que não façam isso, o que aconteceu comigo foi tão gratuito que não quero nem imaginar o que aconteceria se alguém fosse lá ingenuamente com uma camiseta de outro time de futebol ou fizesse qualquer coisa que pudesse servir de argumento pra alguém lhe agredir.

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  5. Fabio,
    Um amigo meu foi assaltado no Caminito numa experiência nada agradável.
    Ele estava com a esposa, mãe, sogros e um sobrinho. Como conseguiram apenas um taxi, ele e o sobrinho resolveram deixar os demais irem na frente, e eles esperariam o próximo carro.
    Um grupo de moleques os cercou e começou a empurrar e pedir dinheiro. Quando ele deu uma determinada quantia, ficaram mais agressivos, pedindo mais.
    Para o seu desespero, os taxis que passavam, mesmo vazios, não paravam, talvez também com medo do grupo. Ficou nisso o que lhe pareceu uma eternidade, dizendo exaustivamente que não tinha mais dinheiro até que os moleques cansaram.
    Definitivamente, podemos cortar esse trajeto do nosso roteiro.
    Abraços,
    Adriana

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  6. Muitos furtos ocorrem porque os visitantes se esquecem que estão de férias mas os marginais não. Em Bue uma amiga teve a câmera fotográfica furtada em uma loja da Calle Florida pq a colocou em cima do balcão para experimentar um casaco e no meio de tantas roupas a câmera 'sumiu'. O pior é perder todas as fotos de viagem.

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  7. Silmara,
    Você tem toda a razão, mesmo em férias não podemos discuidar totalmente... triste, mas é a realidade.
    Abraços,
    Adriana

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