terça-feira, 29 de março de 2011

Rota Romântica na Alemanha - Rothenburg ob der Tauber


Rothenburg ob der Tauber é a cidade mais linda da Rota Romântica. Parada obrigatória!

A pequena cidade medieval, com origem no século XIII, fica no alto de uma colina e é totalmente murada.

A cidade é muito pequena, e pode ser conhecida inteiramente a pé. Caminhe em direção a Marktplatz, a praça da prefeitura.

Para se chegar até a praça, passamos por casas encantadoras, saídas de conto de fada.



Uma vez na praça, suba na torre da Rathaus, prefeitura. A vista é simplesmente fantástica, e vale cada degrauzinho da imensa escadaria.



Depois ande um pouco pela praça e pelas ruas. Sei que é chavão, mas é  difícil não usar, andar pelas ruas de Rothenburg ob der Tauber é viajar no tempo.

Confesso que me apaixonei por essa cidade!

Chegamos em Rothenburg ob der Tauber, depois de passar pelas cidades de Röttingen e Creglingen, percorrendo 106 km da Rota.

domingo, 27 de março de 2011

Rota Romântica na Alemanha - Weikersheim


Weikersheim é uma pequena cidade, com menos de 8.000 habitantes, situada no Vale Tauber.

É aqui que se situa o belo Castelo Weikersheim, da foto acima. O Castelo foi construído no século XII, pelo príncipe Hohenlohe. Atualmente propriedade do Governo da Alemnha, é utilizado para musicais, concertos e exposições de arte.  

entrada da cidade de Weikersheim
Jardins do Castelo Weikersheim
jardins do Castelo Weikersheim
Chegamos em Weikersheim depois de passar pelas cidades de Tauberbischofsheim, Lauda-Königshofen e Bad Mergentheim, percorrendo 70 km da Rota Romântica:

sábado, 26 de março de 2011

Rota Romântica na Alemanha - Würzburg


Chegamos no aeroporto de Frankfurt, e alugamos um carro ali mesmo. Frankfurt é uma cidade muito grande e não era o nosso objetivo, então saímos do aeroporto e seguimos 120 quilômetros em direção a Würzburg, a primeira cidade da Rota Romântica.

Würzburg é uma bela cidade, cortada ao meio pelo rio Main e cercada por inúmeros vinhedos.

A principal atração é o forte Marienburg, que se situa imponente sobre a cidade. Visto de quase todos os pontos da cidade, também proporciona uma vista encantadora do pequeno vilarejo.



Outras atrações que vale a pena: Palácio Residência do Bispo, considerado Patrimônio Histórico da Humanidade e a Catedral de Würzburg.



Hoje com cerca de 130.000 habitantes, é uma das maiores cidades na Rota Romântica.

Durante um bombordeio dos ingleses na Segunda Guerra, 90% da cidade foi totalmente destruída. Cerca de 20 anos depois, os principais prédios históricos foram perfeitamente reconstruídos.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Rota Romântica na Alemanha


Castelos, cidades medievais, rios e lagos extremamente bucólicos, uma paisagem que oscila entre pequenas e bem cuidadas propriedades rurais e impressionantes montanhas dos Alpes.

Esse é o cenário de sonho que encontrei nos 350 quilômetros que formam a Rota Romântica da Alemanha, entre as cidades de Würzburg e Füssen, na fronteira com a Áustria.

Algumas vezes a estrada vira uma ruazinha estreita e vc passa no meio de uma cidadezinha. É tudo tão limpo e bonito que até parece falso, uma Disneylandia.

No final da rota, nos últimos 50 km, começam os Alpes.

Eu tinha lido isso e criei um cenário de sonho na minha cabeça, achei que ia me decepcionar, mas é impossível.

A mudança é sutil, começam algumas montanhas pequenas, verdes, e você até acha que não vai ser nada demais. De repente, surge uma montanha ao fundo com neve no topo, depois várias. É de tirar o fôlego.
São 27 cidades ao longo da rota, mas muitas são bem pequenas e vale só passar de carro e olhar. As que merecem mais atenção são: Wurzburg, Weikersheim, Rothenburg o.d.T, Donauworth, Landsberg am Lech e Fussen. 
A Rota Romântica, “Romantische Straße” em alemão, foi um nome criado por volta de 1950, numa tentativa de marketing para atrair turistas para a Alemanha e mostrar que o país não era somente guerra e destruição.

Experimentando os primeiros sinais do desenvolvimento econômico no período pós guerra, o principal objetivo era atrair turistas americanos e seus soldados, ainda fortemente presentes no país.

A tentativa definitivamente funcionou, e a Romantische Straße é atualmente um destinos turísticos mais procurados da Alemanha.

Eu percorri o caminho todo de carro em 3 dias, numa das melhores viagens que já fiz.

A rota é super bem sinalizada e de fácil acesso, com placas indicando o caminho. Na única vez que ficamos em dúvida, numa bifurcação, e um senhor alemão muito educado se ofereceu para nos guiar até a entrada da cidadezinha que procurávamos, indo na frente com seu carro. Ele podia apenas ter nos indicado à esquerda, e ficamos encantados com sua atenção.

Esse foi outro ponto alto da viagem, conhecer um povo educado, que respeita horários e sinais de trânsito, que prima pela organização em detalhes que nós brasileiros nem conseguimos imaginar, e torna a vida de turistas estrangeiros extremamente fácil.



Como não tinha idéia do tempo que ficaria em cada cidade, não quis fazer reserva em nenhum hotel e confiei totalmente na excelente estrutura e organização do povo alemão.

O site de turismo oficial (https://www.romantischestrasse.de/) traz uma lista de todas as opções de hotel e albergue nas cidades da rota, com endereço, telefone e faixa de preço.

Imprimi a lista e levei comigo, e tudo funcionou perfeitamente. Para não correr risco de ficar sem “teto”, adotei a única regra de sempre dormir na cidade em que eu estivesse por volta das 18 horas.

terça-feira, 22 de março de 2011

Giverny e Versailles

Apenas um pequeno complemento aos posts Giverny - Casa e Jardim de Monet e Château de Versailles.

Como eu disse, aluguei um carro em Paris e fui nas duas cidades no mesmo dia, Versailles primeiro e Giverny depois, num total de 87 km na ida e 72km na volta. Vejam o mapa do Google como as duas cidades ficam no mesmo roteiro:

Paris - Versailles - Giverny
Fiz isso sem nada de stress. Tinha feito minhas pesquisas, mas não falei nada para ninguém. Ficamos em Versailles até quando quisemos, sem pressa. Quando todo mundo quis ir embora, sugeri irmos para Giverny.

Acho que o único detalhe, que nem todo mundo gosta, é acordar cedo.

Se você topar esse pequeno sacrifício, eu realmente recomendo.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Giverny – Casa e Jardim de Monet

Giverny é um sonho, uma pequena cidade que fica há cerca de 70 quilômetros de Paris.

Monet viveu em Giverny por 43 anos, de 1883 até sua morte, em 1926.

Quando se mudou para lá, comprou o terreno chamado de Le Clos Normand onde existia a casa, um jardim e um pomar. Totalmente apaixonado pelo lugar, Monet dedicou-se a cuidar do jardim e pomar e a pintar seus quadros inspirados na paisagem que via todos os dias. Plantou novas espécies de flores, principalmente tulipas, espalhadas pelo jardim em suas diferentes e magníficas cores.





Depois de alguns anos, adquiriu também o terreno vizinho ao Le Clos Normand, chamado de Le Jardin d’Eau. Monet desviou o rio que passava perto do terreno, criando um pequeno lago. É aqui que estão as ninféas, flores presentes em muitos dos seus quadros e a ponte japonesa, também fonte freqüente de inspiração.





Monet pintou vários quadros com exatamente a mesma paisagem, tentando captar os variados efeitos da iluminação em diferentes horas do dia, e seu reflexo sobre as águas.

Mesmo para quem não é um grande admirador de arte, andar pelos jardins é como entrar nos quadros de Monet. Uma experiência inesquecível!

Quando ir?

Esse é um lugar que precisa ser visitado na primavera ou verão, no máximo no outono, e é de tirar o fôlego. Além da beleza em si, vale a brincadeira de comparar os quadros com os lugares reais.

Onde comer?

Almoçamos em um restaurante quase na frente da casa de Monet, chamado L’Esquisse Gourmande. Comida excelente, vinho excelente, sobremesas fabulosas. Recomendo divinamente!

Como chegar lá?

Para quem prefere algo mais tranquilo, tem excursões de um dia de Paris para lá. Nos hotéis sempre há folhetos com preço e horário de várias empresas de turismo que oferecem pacotes prontos.

Ou pode-se ir de trem. Vou novamente copiar as orientações do blog Conexão Paris, já que eu mesma nunca fiz o percurso.
“Na estação Saint Lazare comprar uma passagem para o trajeto Paris/Rouen. Descer em Vernon. A distancia entre Vernon e Giverny é de 7 km. Várias opções: pegar um ônibus que sai à cada 15 minutos de Vernon para Giverny; alugar um bicicleta na estação mesmo; pegar um táxi e por fim escolher… pé na estrada, é pertinho.”
Como expliquei no post anterior Château de Versailles, eu aluguei um carro.

A viagem de carro tem algumas vantagens:
  • flexibilidade: você pode chegar e sair no horário que quiser, sem ter que esperar trem, ônibus e metrô.
  • fica mais fácil de levar acessórios: biscoitos, água, blusa de frio.
  • mais rápido: você não perde tempo entre um meio de transporte e outro, e normalmente os estacionamentos são bem pertos do local a ser visitado.
  • apreciar a viagem em si. Tudo bem que também podemos apreciar a viagem pela janela do trem, mas de carro podemos pegar estradas alternativas, pequenas, parar quando quisermos para tirar fotos.
E a desvantagem é: o preço, normalmente mais cara, incluindo aí o aluguel de um GPS, para que a terceira vantagem descrita acima não seja anulada pelo tempo perdido para achar o caminho.

domingo, 20 de março de 2011

Roubos no Exterior

Nós brasileiros, principalmente os que moram em grandes cidades, estamos mais do que acostumados a furtos, assaltos, armas e violência e, devido a isso, vivemos constantemente ligados, sempre com nossas bolsas e carteiras sob controle.

No entanto, mesmo sendo especialistas no assunto, tendemos a relaxar quando estamos de férias. O que é mais do que normal, certo? Afinal, esse é o objetivo maior das férias.

Apesar disso, não custa nada prestar um pouco de atenção em lugares com muita gente, como ruas movimentadas, metrôs e ônibus. Certamente não é o que queremos nas férias, mas ficar sem documentos e dinheiro fora do seu país é uma dor de cabeça que queremos menos ainda.

Minha madrinha teve a carteira roubada da sua bolsa em Paris, com o seu passaporte junto, uma amiga do trabalho sofreu uma tentativa de assalto em Roma (a pessoa tentou levar sua bolsa, mas ela conseguiu segurar), quando estava visitando o Château de Versailles avisaram no auto-falante para tomar cuidado com batedores de carteira.

Infelizmente vivenciamos coisas muito piores no Brasil. Eu mesma já tive o carro roubado uma vez, e fui assaltada a mão armada em outra, ambas na cidade que moro - São Paulo, e tenho vários amigos em situação parecida ou até mesmo pior, sofrendo seqüestros relâmpagos (o que me faz até sonhar com batedores de carteira que você nem nota agindo).

Não vou deixar de viajar por causa disso, mas acho muito importante estarmos sempre atentos e saber quais são os lugares mais visados, tanto aqui quanto no exterior.

Por isso, escrevo abaixo cópia de alguns trechos da matéria do jornal do Estado de São Paulo de hoje, 20 de março de 2011.
Calle Florida é o paraíso de batedores de carteira
Antes um elegante calçadão no centro de Buenos Aires, a famosa Calle Florida transformou-se nos últimos tempos em um inferno para turistas distraídos. Em média, de 20 a 30 pessoas são roubadas diariamente na rua, segundo denúncias feitas à polícia, mas estima-se que sejam apenas uma pequena parte das vítimas.
O trecho mais visado são os cinco quarteirões entre a Calle Sarmiento e a Avenida Córdoba. Além da rua, os batedores também agem dentro de lojas cheias de clientes.
Além dos batedores de carteira, os turistas também devem ficar atentos às notas falsas de pesos. Especialistas e policiais federais argentino estimam que o dinheiro falso equivale hoje a 3% do total circulante argentino.
Na maior parte das vezes, as cédulas de dinheiro falso são repassadas em táxis, remises (carros de aluguel), bares, restaurantes e lanchonetes.
              Preste atenção…
  1. Na Recoleta. O mais elegante bairro de Buenos Aires é alvo da ação dos “moto-chorros”, os “moto-bandidos”. Atenção para as motocicletas nas quais há alguém na garupa. A pessoa que vai atrás é quem geralmente rouba bolsas, relógios e pacotes dos pedestres.
  2. Na Calle Florida. Lotada em quase todos os horários e cheia de turistas distraídos, é um prato cheio para os batedores de carteira. É preciso ficar atento ainda nas vias paralelas a ela – assaltantes também agem por ali.
  3. Avenida 9 de Julio. A ampla via do centro da cidade e o policiamento muitas vezes deficiente permitem a fuga rápida dos assaltantes que agem na região.
  4. No Caminito. As redondezas da famosa rua colorida do bairro La Boca, frequentada principalmente por turistas, também são pontos de batedores de carteira, que escondem-se nos cortiços da vizinhança. É preciso tomar cuidado com aglomerações.”

sábado, 19 de março de 2011

Château de Versailles

Como todo mundo que me conhece sabe que adoro a França e em especial Paris, os amigos que vão pela primeira vez para lá me pedem algumas dicas e sempre me perguntam se vale a pena ir para Versailles.

E eu sempre respondo que sim.

http://www.chateauversailles.fr/
Versailles é um subúrbio de Paris, e onde se encontra o Château de Versailles, sede da monarquia francesa e residência da família real durante o período de 1682 a 1789.

Fica muito perto de Paris, cerca de 20 quilômetros. Como quando fui estava com meu marido, minha mãe, minha sogra e uma tia, resolvi alugar um carro, mas você pode facilmente chegar até lá de trem ou de ônibus (veja no final do post).

Inicialmente era um pequeno castelo usado como lugar de caça pelo rei Louis XIII, mas foi reformado e ampliado em 1682 por seu filho, o rei Louis XIV.

Louis VIX então mudou toda a sede da monarquia do Louvre para Versailles, e se manteve assim até o reinado de Louis XVI, quando a Revolução Francesa invadiu o château, obrigando todos a se retirarem. A Revolução culminou com o fim da monarquia absolutista na França, e a decapitação do rei, da rainha Marie Antoinette e dos principais membros da corte francesa.

A visita ao Château de Versailles se divide em duas partes, com ingressos vendidos separados: o Castelo e seus famosos jardins, e o Trianon e o Domaine de Marie Antoinette.

A visita às três partes requer praticamente o dia inteiro, o que é um pouco cansativo para mim. Prefiro visitar o castelo e os jardins com calma. Como todo mundo do meu grupinho acorda cedo, chegamos em Versailles na primeira hora, às 9 horas, e ficamos até as 13. Como estávamos de carro, seguimos viagem para Giverny, uma cidade ali pertinho e que vou falar no próximo post.

O castelo mantém todo o luxo daqueles tempos gloriosos, com destaque especial para:
- os grandes apartamentos do rei;
- os grandes apartamentos da rainha;
- galeria dos espelhos, onde aconteciam os grandes bailes e recepções;
- a capela de Versailles;  
La Chapelle (A Capela)
a cama de Marie Antoinette
um simples corredor
a cama de Louis XVI
A Galeria dos Espelhos
E os maravilhosos jardins de Versailles:



O Trianon é um pequeno palácio construído com mármore rosa e foi o refúgio de Louis XIV. Já o Domaine de Marie Antoinette é o local onde Marie Antoinette promovia festas, concertos e peças teatrais, e engloba o Petit Trianon e o Hameau.

Vendo todo o luxo e conforto em que vivia a monarquia em Versailles, e pensando na fome que o resto da população, dá para entender perfeitamente as causas da Revolução Francesa e o ódio da população pela monarquia.

Como chegar em Versailles de Paris:

Tem várias maneiras:

1) Excursão: A mais cômoda delas, e para mim a mais chata, é ir numa excursão organizada por inúmeras empresas de turismo de Paris. Normalmente em qualquer hotel tem informação ou catálogo sobre essas empresas.

2) Trem - vou copiar a orientação do excelente blog Conexão Paris, por três alternativas diferentes:
a) Da estação ferroviária Paris Montparnasse até a estação Versailles Chantiers.
b) Da estação Paris Saint Lazare até a estação de Versailles que se chama Versailles Rive Droite.
c) Das estações do metrô onde passa o RER C, o trem de periferia que circula também no interior da cidade. O RER C para em duas estações de Versailles, Versailles Chantiers e Versailles Rive Gauche.

A escolha depende da região onde você se encontra em Paris. A estação de Versailles mais próxima do castelo é Versailles Rive Gauche. Certos trens possuem como parada final Versailles, outros outra cidade. Esclareço isto porque você deve verificar se está procurando um trem com destino final Versailles ou Chartres. Para o RER C mesmo cenário. Dependendo da hora a parada final é Versailles ou Saint Quentin en Yvelines.

3) Alugar um carro, a opção que escolhi, por ser a mais cômoda para minhas 3 meninas, não queria fazê-las andar muito nem ficar muito de pé, e por nos dar um pouco mais de liberdade de horário. Em toda a viagem com elas, não quis montar horários rígidos nem nada definido. O plano era apenas seguir o rítmo que quiséssemos, mas quando acabamos de ver o château e os jardins, perguntei se queria ver os outros dois prédios e elas não quiseram. Como tinha visto que Giverny não era longe, minha sugestão foi aceita na hora e deu absolutamente tudo certo!

Ladurée em Versailles

Para quem conhece ou leu meu post Onde Comer em Paris, tem uma pequena loja da Ladurée no Château, o que torna a viagem mais perfeita ainda.

Uma pequena observação

Château de Versailles, que significa Castelo de Versailles, se pronuncia "xatô de versai".

quinta-feira, 17 de março de 2011

Novas regras da alfândega para trazer mercadorias

Fui essa semana a trabalho para Miami, e nas horas vagas pratiquei o esporte predileto dos brasileiros nos Estados Unidos: “shopping”.

No aeroporto, esperando o vôo de volta, bateu o desespero total de quem mora num país altamente controlado e com limites e regras para tudo. Lembrei que tinha lido recentemente alguns artigos sobre mudanças nas regras da alfândega para trazer mercadorias do exterior, mas não conseguia lembrar absolutamente nada. Tinha uma vaga impressão que máquina fotográfica era permitido, e era exatamente uma das coisas que eu estava trazendo.

Ansiedade a mil, acessei a internet ali no aeroporto mesmo e comecei a pesquisar.

Primeiro procurei no site da Receita, mas não achei muito claro. Pesquisando um pouco mais, cheguei nesse blog do Estadão que achei fantástico (e no meu caso, bem reconfortante):

Recomendo a leitura, porque tem várias perguntas e respostas e comentários de leitores, mas segue um resumo para os mais preguiçosos:

1. Todo brasileiro pode, ao retornar para o Brasil, trazer mercadorias importadas até o valor máximo estipulado pela cota individual, que é de USD500 para quem volta ao país por via aérea ou marítima e de USD300, para quem volta por via terrestre.

2. São isentos de imposto e não entram no cálculo dessa cota os seguintes itens:
a. artigos de vestuário como roupas, calçados e óculos.
b. itens considerados de uso pessoal do viajante como relógio, máquina fotográfica, ipod, pendrive e telefone celular. Note que a regra é válida apenas se o viajante trazer uma unidade de cada item, ou seja, caso tenha levado algum desses itens do Brasil e esteja voltando com os dois, a regra não valerá mais e o segundo item adquirido entrará na cota máxima. Além disso, a mercadoria precisa já ter sido usada.

Muito importante I: notebooks, ipads e filmadoras não são isentos!

Muito importante II: Se os bens ultrapassarem o valor da cota máxima, será aplicado um impostos de 50% sobre o valor excedente. E se a declaração tiver sido feita incorretamente, paga-se uma multa de 50% sobre o valor excedente à cota, adicional ao imposto devido. Em números:

Em tempo: não é apenas para ilustrar o post (aliás, acho que foi isso que me motivou a escrever o post), mas fui uma das escolhida a passar pela inspeção. Sendo bem sincera, o tiozinho estava meio mal humorado porque mandou váááááárias pessoas para a fila.

Olha... fui para a fila tensa. Eu estava com um laptop velhinho e sem nota, e já fiquei me vendo argumentando e mostrando documentos antigos para comprovar sua idade. Minhas compras encaixavam ou nos itens isentos que tinha acabado de pesquisar ou no limite de 500 dólares, mas mesmo assim segui com o coração apertado e já dando adeus ao meu rico dinheirinho. A regra é nova, o cara vai dizer que a máquina não é de uso pessoal, que comprei creme da Victoria Secret demais aiai...

Mas ufa! Passei ilesa: as malas todas seguiram para o raio-x, mas nem precisei abri-las.

domingo, 13 de março de 2011

Compras em Paris

Para quem já foi aos Estados Unidos e está acostumado com os preços realmente baixíssimos dos outlets e das promoções que são realmente promoções, pode tirar o cavalinho da chuva. Você não vai encontrar isso na Europa, e muito menos em Paris.
O real está mais valorizado do que há alguns anos atrás, mas mesmo assim precisamos de quase 3 reais para comprar um euro, o que deixa as coisas muito caras para nós brasileiros.
Mesmo assim, para quem não consegue resistir, é possível comprar alguma coisa.
Em primeiro lugar: marcas. Para quem pode e gosta de comprar um bolsa Luis Vuitton, um lenço ou uma gravata da Hermès ou uma bolsa Gucci, os preços são “menos caros” que no Brasil. E ainda pode-se pedir a devolução do imposto, o tax refund, que expliquei no post Roteiros a Pé por Paris - Parte I.
 Em segundo lugar: roupas de grandes magazines, como a cadeia sueca H&M, a espanhola Zara e a americada Gap, que tem em várias ruas da cidade. Os preços são bem em conta, e essas lojas já me salvaram em dias muito frios e totalmente não planejadas.
Em terceiro lugar: maquilagem e cremes de beleza. os preços são muito mais acessíveis que no Brasil, sm dúvida. Você pode encontrar na Sephora, nos magazines Galeries Lafayette, Printemps e Samaritaine ou em farmácias normais, espalhadas por Paris inteira.
Em quarto, e para mim o melhor e mais interessante de todos: roupas, acessórios, bijouterias ou diversos outros vários de em lojas normais. Aqui se enquadra desde lojas de estilistas franceses que fazem um certo sucesso por lá, que são mais ou menos o preço que você pagaria por uma roupa do mesmo gênero no Brasil, a lojas totalmente despretensiosas espalhadas pelo Quartier Latin ou Saint Germain de Prés, com peças bonitas, de qualidade e preços bem acessíveis.
E em quinto, vinhos e apetrechos de cozinha. Vinhos são sempre chatos de trazer, já que temos de despachá-los e ficamos rezando para que nada aconteça, mas os preços da França são realmente de enlouquecer. Fica a dica de uma amiga, Cris Serigo, muito mais disciplinada e organizada que eu, que leva plástico bolha do Brasil.
Então vamos lá:
  1. Avenue des Champs Élysées: é sem dúvida a avenida mais conhecida de Paris. Além de ser um passeio maravilhoso, aqui estão várias lojas famosas e mundialmente conhecidas como a gigantesca loja da Louis Vuitton. Andando um pouco mais, encontramos a Sephora, cadeia francesa de maquilagem, cremes e afins, e filiais da americana GAP e da sueca H&M, duas cadeias onde conseguimos encontrar algumas peças com preços razoáveis. As duas já me salvaram de frentes frias nada programadas...
  2. Avenue Montaigne: definitivamente o endereço de luxo em Paris. A avenue Montaigne é a rua mais chique, extremamente tradicional e incrivelmente cara, uma Champs Élysées com menos turistas.
  3. Rue du Faubourg Saint Honoré: reune ainda algumas lojas de grifes,  hoje uma rua mais de moradores da cidade, Já o Faubourg  Saint Honoré é  uma rua mais democráticmas deixou de ser o centro do luxo de Paris.
  4. Rue de Rivoli: lugar ideal para quem quer comprar lembranças de Paris, e ainda possui algumas boas lojas de marcas e de cadeias mais populares, como H&M e Zara. Lembrando que aqui tem o chocolate quente mais gostoso do mundo (pelo menos do meu mundo), na casa de chá Angelina, no número 226.
  5. Place Vendôme: aqui é preciso abrir a carteira mesmo, pois estão as joalherias mais famosas do mundo. No caminho do Jardin de Tuilleris, pela Rue de Castiglione, entramos numa loja de lembranças bem charmosinha, onde comprei um conjunto de porta-copos com fotos de Paris que adorei.
  6. Galeries Lafayette, Printemps, La Samaritaine e Le Bon Marché: São todas lojas de departamento, que reúnem num mesmo endereço desde produtos de beleza, perfumes, utilidades domésticas a roupas e acessórios. La Samaritaine e Le Bon Marché são bem menos turista que os dois primeiros. Galeries Lafayette: 40, Boulevard Haussmann / Printemps: 64, Boulevard Haussmann / La Samaritaine: 19, Rue de la Monnaie / Le Bon Marché: 24, Rue Sèvres
  7. Rue des Rosiers e ruas ao redor, no bairro do Marais: aqui encontramos várias lojas chics e modernas, de estilistas franceses.
  8. Boulevard Saint Germain e ruas ao redor: definitivamente o lugar que eu mais gosto. O bairro todo abriga lojas de preços mais modestos e peças bonitas, aqui já comprei blusas, lenços e apetrechos para meu apartamento em Sampa. Sem contar que ainda temos boas livrarias, como a Shakespeare & Co., na Rue Bûcherie, e a Taschen, na Rue de Buci. Com diversos cafés e restaurantes, a rua é ideal para um almoço ao ar livre e um sorvete, enquanto se caminha pelas lojinhas.
  9. Grand Épicerie de Paris: é uma grande mercearia, com queijos, frutas, peixes frescos, carnes, chocolates, geléias e vinhos... muitos vinhos! 38 Rue Sèvres, ao lado do Le Bon Marché.  
  10. La Vallée Village: em teoria um shopping de desconto, no estilo dos outlets americanos, e que reúne marcas de luxo como Armani, Burberry, Diesel, etc. Não li nenhum comentário dizendo que realmente vale a pena ir e, como fica há uns 20 minutos de Paris, não conferi pessoalmente. Deixo a dica para alguém mais consumista e com mais tempo para arriscar. O ônibus Cityrama sai de Paris e faz este trajeto todas as terças, quintas e domingos. Ponto de encontro: Place des Pyramides às 10.15 h. Pode se informar no hotel também.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Hotéis em Paris

Já fiquei em 4 hotéis em Paris, mas o primeiro infelizmente eu não consigo lembrar nem do nome nem da rua... Fui há muito tempo atrás, quando fazia um curso de inglês em Londres. Só lembro que era perto da Notre Dame e que fiquei apaixonada pela localização, mas nada mais. Era estudante, sem grana, e não fiquei impressionada nem para o bem nem para o mal. De qualquer maneira, fica apenas a dica da localização.

· Astrid Royal Hotel - O PIOR HOTEL QUE EU JÁ FIQUEI NA MINHA VIDA!!! E olha que já fiquei em albergue e hotéis bem simples, mas esse realmente leva o troféu. Não sei se o hotel estava cheio e o cara nos colocou no pior quarto, mas achei tudo tão sujo que não tive coragem de tomar banho. Como chegamos muito tarde em Paris, já passava da meia noite, dormimos lá mesmo e caímos fora no dia seguinte bem cedo, sem nem tomar café da manhã. Procuramos um hotel na mesma rua, voltamos apenas para pegar nossas malas, e fizemos a mudança a pé mesmo, aliviadíssimos! 14 Rue Lucien Sampaix

· Belta Hotel - foi o hotel para onde fugimos, depois de uma noite desastrosa do Astrid Royal. É um três estrelas bem justo, quarto e banheiro limpos (isso não deveria ser um surpresa, não é?) e com um gostoso café da manhã. 46 Rue Lucien Sampaix

· Best Western Etoile Saint Honoré - esse hotel é muito perto do Arco do Triunfo e da Avenida Champs Elyseés, uns 5 minutos caminhando. O hotel foi reformado há pouco tempo e alguns quartos tem vista para a torre Eiffel (as duas vezes que fiquei lá tive esse privilégio). Tem um bom café da manhã e ainda oferece um café da tarde. Sei que gostar de um hotel é relativo, tem gente que vai achar esse hotel muito caro, e tem gente que vai achá-lo muito simples, mas para mim esse hotel está perfeito. 214 Rue du Faubourg Saint Honore.

terça-feira, 8 de março de 2011

Chapelle Notre Dame de la Médaille Miraculeuse

Escrevo esse post em homenagem à minha sogra e à minha tia Helena, que gostaram e se emocionaram demais com essa visita, e para os católicos que queiram conhecer essa pequena capela.

A aparição da Virgem ocorreu nesse lugar para Catherine Laboura, por diversas vezes durante o ano de 1830, e foi oficialmente reconhecida pelo Vaticano em 1845. Catherine foi então canonizada santa, Santa Catarina em português.

Lugar de peregrinação de católicos, a Capela da Nossa Senhora da Medalha Milagrosa possui um mural onde os milagres atendidos são publicados, e cópias da medalha milagrosa com folhetos de oração em várias línguas, inclusive em português.


140 Rue du Bac – 75007
Metrô: Sèvres – Babylone
Atrás do Le Bon Marché e da Grand Epicerie de Paris.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Roteiros a Pé por Paris – Parte IV

Sacre-Coeur, Place du Tertre, Le Passe Muraille, Moulin Rouge


Hesitei um pouco para escrever o quarto “Roteiros a Pé por Paris”, simplesmente porque eu acho este, de Montmartre, muito intuitivo. O bairro é tão movimentado e vivo que naturalmente você vai seguindo pelas ruas e descobrindo a região.

Depois decidi escrever porque, com tantas coisas bonitas e famosas em Paris, acho que algumas pessoas podem subestimar a região e visitar apenas a Basílica Sacre Coeur.

Então esse post é mais um convite para você conhecer o bairro, porque vale sim muito a pena.

Montmartre se encontra no 18o. arrondissement, divisão da cidade que é similar ao nosso bairro, ao norte de Paris, e é conhecido principalmente pela imponente Basílica Sacre Coeur e também por ser um região de artistas, muitos vivem aqui há tantas décadas que é impossível imaginar a região sem seus trabalhos expostos pelas praças e galerias do bairro.

O nome Montmartre, Monte dos Mártires, foi escolhido porque, diz a lenda, foi nessa região que ocorreu o martírio de Saint Denis, primeiro bispo de Paris e padroeiro da França, e de seus seguidores.

Nosso roteiro então começa no céu e termina no inferno, traduzindo, começa na Basílica Sacre Coeur e termina no Moulin Rouge, famoso cabaré de Montmartre.

A Basílica da Sacré Coeur, que significa Sagrado Coração em português, se encontra na parte mais alta de Montmartre e, por isso mesmo, oferece mais uma linda vista da cidade de Paris.


Para chegar até ela, pode-se vir de metrô na estação Anvers e subir o monte pelas escadas ou, se preferir, de funicular. Pode-se também ir a pé, pelas ruas curvas e inclinadas que passam por trás da basílica, quase o caminho inverso que vamos fazer aqui. Quando fui com minhas três meninas (minha mãe, sogra e tia), preferi andar de táxi para todos os lugares, e o motorista nos deixou aos pés da Sacre Coeur.

Sua construção foi iniciada em 1870, em comemoração à vitória da França na guerra contra a Alemanha, a Guerra Franco-Prussinana.

A Sacre Coeur foi construída numa mistura dos estilos românico e bizantino, o que lhe dá um formato oriental completamente diferente das demais igrejas e catedrais de Paris.

Outro ponto que chama a atenção é sua coloração branca, que se mantém mesmo exposta ao tempo e à poluição, sempre presente numa cidade grande como Paris. Isso se deve porque a pedra que foi usada em sua construção, uma rocha chamada travertino, reage com a água da chuva e libera cálcio, mantendo constantemente renovada a cor branca.

A entrada no interior da basílica é gratuíta, mas paga-se para subir na cúpula.

No seu interior não é permitido tirar fotos, copiei as fotos abaixo do site oficial da basílica (www.sacre-coeur-montmartre.com/), e da cúpula temos uma vista ainda mais bela e ampla Paris.




Saindo da basílica, curta um pouco a região ao redor. Com pequenas e arborizadas praças, é um lugar agradável de caminhar e de observar mais um pouco Paris. Essa área em volta da Basílica foi cenário dos filmes “O fabuloso destino de Amélie Poulain” e “Sabrina”, com a Audrey Hepburn.



De costas para a Sacre Coeur, pegue a rua à direita até chegar na praça do Tertre (Place Du Tertre), a famosa praça dos pintores. Eu gosto de dar uma volta por essa praça e ver os quadros dos artistas locais.

Depois siga pela rua Norvins, a rua na frente da praça. Essa rua possui várias lojas de lembrancinhas para turistas, e também bonitas galerias de arte, com quadros, pôsteres e esculturas.

Continuando na rua Norvins, chegamos na praça Marcel Aymé, escritor e dramaturgo francês. Nessa praça tem um escultura de um homem atravessando o muro, homenagem à sua obra mais famosa, Le Passe Muraille.


Depois pegue à esquerda a rua d’Orchampt para chegar na praça Emile Goudeau, onde fica o Bateau Lavoir, prédio onde moraram e trabalharam Picasso e Modigliani, entre outros pintores.

Continue descendo até a rua des Abbesses e a rua Lepic.


Vire nessas ruas e ande um pouco no meio de lojas interessantes, pequenos mercados de flores e frutas, lojas de queijo e geléias. Eu fui num sábado de feriado, 1º de maio, e encontrei ruas bem parisienses com comércio tipicamente local. Como tinha intenção de fazer um piquenique à tarde, aproveitei para comprar morangos e queijos.


Depois volte até chegar na praça Blanche, onde fica o famoso cabaré e hoje casa de shows Moulin Rouge. A casa foi inaugurada em 1889, e fazia as famosas e polêmicas apresentações de cancan.


Leia abaixo um trecho da reportagem da Veja na História, simulação de uma reportagem de 20 de novembro de 1889.



“Moinho de Escãdalos
 
Um novo cabaré de Paris, o Moulin Rouge, agita a capital francesa com seus espetáculos de cancã.
 
Alguns centímetros de pernas femininas, logo acima dos joelhos, estão transformando Paris numa festa. As pernas são das dançarinas de cancã de um novo cabaré da cidade-luz, o Moulin Rouge (Moinho Vermelho), inaugurado com pompa e circunstância no mês passado. Não bastasse a já escandalosa coreografia da "quadrilha naturalistas", como a dança também é conhecida, com seu ir e vir de pernas para o alto, deixando à mostra a roupa de baixo das bailarinas, o Moulin Rouge decidiu apimentar seus espetáculos acrescentando o precioso palmo de nudez de suas coristas. Bem ou mal, não se fala em outra coisa na capital francesa. A idéia dos donos do cabaré, os experientes empresários de espetáculos Charles Zidler e Joseph Oller, foi criar uma casa capaz de atrair a fina flor da elite parisiense para a marginalizada região de Montmartre. Para tanto, precisavam de uma atração sem igual. Zidler se encarregou pessoalmente de descobrí-Ia. Atraído pela boa carreira que a quadrilha naturalista fazia no Elysée-Montmartre, o empresário não titubeou: abriu a carteira e, de uma só tacada, contratou todo o elenco do eventual concorrente - que agora está entregue exclusivamente a um balé de moscas. Com o incremento da nudez de centímetros, compreendidos entre o fim das meias pretas e a barra das calças brancas das dançarinas, o Moulin Rouge se tornou o senhor dos cabarés. Por conta dele, a noite parisiense está mais festiva do que nunca - e escandalosa também.”