sábado, 29 de janeiro de 2011

Berlin Ocidental

Reichstag

O Reichstag, sede do Parlamento Alemão, se situa perto do Portão de Bradenburgo, e é um dos prédios mais conhecidos de Berlin, com seu bonito domo de vidro.
Durante o pós guerra, ficou no lado ocidental da cidade e, com a transferência da capital da Berlin Ocidental para Bonn, não foi muito utilizado.

Somente após a a queda do muro é que ele foi restaurado, e o parlamento transferido para lá.

No lugar do antigo teto, completamente destruído durante a II Guerra, foi construído um novo e moderno domo de vidro.

O domo é aberto à visitação, mas durante o dia forma-se uma fila muito grande. Tentamos despretensiosamente duas vezes, mas como o tempo de espera informado era de 1 hora e meia, desistimos.

Ficar esse tempo todo esperando na fila, embaixo de um sol escaldante, não era em absoluto nossa intenção.

Um funcionário do parlamente nos aconselhou a chegar no primeiro horário, as 8 horas da manhã e assim fizemos.

Sei que é ruim acordar cedo nas férias para a maioria das pessoas, mas eu recomendo muito porque
realmente vale muito a pena.



Um elevador leva até o início do domo, e depois podemos caminhar até o topo por uma rampa.

Na recepção ganhamos um audio, que vai explicando automaticamente a vista que se tem do domo.

Descobri surpresa ao descobrir que quando eu parava de andar, o audio também parava de falar rsrsrs, voltando automaticamente quando eu resolvia dar mais alguns passinhos. Amo a tecnologia!

Mais uma vista maravilhosa de Berlin!

Tiergarten

Como o hotel que ficamos estava muito perto do parque Tiergarten, passamos na sua frente um milhão de vezes, muitas vezes, correndo para andar debaixo das suas árvores para fugir do sol e calor intenso que fazia.

Tiergarten, que em português significa “jardim dos animais”, é o maior e mais popular parque de Berlin, com cerca de 2,5 km2.

Antes da reunificação, fazia parte da Berlin Ocidental, e sofreu muito com os bombardeios durante a guerra e mais ainda após o fim da guerra, quando os habitantes de Berlin cortaram as árvores para fazer fogueiras e escapar do frio.

Tiergarten era inicialmente como local de caçadas dos nobres de Berlin, e somente foi aberto ao público durante o reinado de Friedrich I, rei da Prússia, no início do século XVIII. Na realidade, foi o primeiro parque público de Berlin, aberto para todas as classes sociais.

No centro do parque, temos a Grosser Stern “Grande Estrela”, que é um cruzamento das cinco ruas que cruzam o parque. Aqui se encontra a Coluna da Vitória (Siegessäule), uma grande coluna de 69 metros, em cujo topo está a estátua da deusa Vitória da mitologia romana, construída para simbolizar a vitória da Prússia na guerra Franco-prussiana. 
Fonte: Wikipedia
Li em vários lugares que é possível subir até o topo da coluna, e que se tem uma vista privilegiada da cidade. Infelizmente, fiquei só na vontade. A coluna estava sendo reformada no período em que estive lá :( 

O que deveríamos ter visto...
(Fonte: Wikipedia)
... e o que vimos.
No parque há ainda o Zoologischer Garten, o zoológico mais antigo do país, construído em 1841, que possui mais de 13 mil animais e várias espécies raras. Bem próximo ao zoológico, há um aquário gigantesco, que possui mais de 10 mil peixes, répteis e anfíbios. Informação apenas copiada do meu guia, porque, desta vez por opção, não fui lá conferir.

O antigo lado ocidental de Berlim, que foi a atração mais festejada da cidade há pouco tempo, vem perdendo importância entre o público mais jovem.

Cruzamos todo o parque a pé, caminhando em direção à Kaiser Wilhelm Gedächtniskirche na avenida Kurfürstendamm.

Kaiser Wilhelm Gedächtniskirche e a avenida Kurfürstendamm

A Kaiser Wilhelm Gedächtniskirche conserva até hoje as marcas dos bombardeios sofridos durante a Segunda Guerra Mundial. A igreja passou por uma reforma, mas foi decidido não fazer uma reconstrução completa como forma de lembrar o que aconteceu durante a guerra.

Como citei no post Berlin - Um pouco de historia, a igreja é cheia de turistas tirando fotos enlouquecidamente e num primeiro momento parece apenas mais um item na lista de “coisas a fazer”, mas entrar no seu interior e ver o céu através do teto destruído desperta um sentimento muito forte. Qualquer guerra é um absurdo, nada justifica o sofrimento pelo qual passa o cidadão comum.

Ao lado da igreja foi construída uma nova e moderna igreja, projetada pelo arquiteto Egon Eiermann.

Saímos de lá e seguimos caminhando pela avenida Kurfürstendamm, uma avenida larga e extensa que abriga muitas lojas de grifes famosas, restaurantes interessantes e uma infinidade de bares e cafés. Para quem gosta de fazer uma comprinha, tem também o shopping center Europa Center (confesso que entrei e dou uma dica para as mulheres: não sei se foi sorte, mas as lingeries estavam muuuuuito baratas. Sorte ou não, vale a pena conferir.).

Bom... saindo do shopping, paramos um minuto para, muito sérios, escolher em qual dos milhares de bares da  Kurfürstendamm, beberíamos nossa cerveja.


Eh vida boa!

Potsdamer Platz – Meio Ocidental Meio Oriental

Voltando para o hotel, fomos conhecer melhor outro lugar que passávamos em frente todos os dias, a Potsdamer Platz.

Apenas mais um pouco de história: seu nome homenageia a cidade de Potsdam, cerca de 25 km à sudoeste de Berlin, e marca o ponto onde a velha estrada para Potsdam passava através da muralha da cidade de Berlim no Portão de Potsdam (fonte: Wikipedia).

Esse lugar foi totalmente destruído durante a II Guerra e, dividido pelo muro durante a guerra fria, completamente abandonado nesse período. Aqui foi a primeira vez que vimos o traçado do muro, que expliquei no post Berlin - um pouco de história.


Potsdamer Platz após a II Guerra (Fonte: Wikipedia)
Como a Potsdamer Platz foi ela própria dividida pelo muro, foi escolhida como o marco inicial da reconstrução de Berlin e se tornou o símbolo da sua reunificação.

Potsdamer dividida pelo Muro (Fonte Wikipedia)
Hoje é o lugar onde estão os prédios mais modernos de Berlin, com excelentes restaurantes, bares e um shooping center subterrâneo, o Arkaden, cujo acesso se dá pela entrada do metrô.



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