Chegamos em Estocolmo num verdadeiro dia de verão, ensolarado e quente.
Após alguns dias na Dinamarca e Noruega, enfrentando com casacos um verão de temperatura algumas vezes abaixo de 10 graus (e que na minha terra chamaríamos de inverno), aqui tivemos de comprar bonés e filtro solar.
Pessoas nas ruas passeando com short e camiseta, tomando sorvete, céu azul, barcos passando na orla.
Deixamos a mala no hotel e fomos direto para Gamla Stan.
Gamla Stan é a Estocolmo medieval, construída no início do século XIII, que vários guias chamam de cidade velha. Se localiza numa ilha, a Stadsholmen, uma das 14 ilhas pelas quais Estocolmo se espalha, no lago Mälaren.
Com seus prédios antigos e pintados em amarelo, vermelho e laranja, algumas ruas estreitas e outras muito estreitas, cheias de becos, praças e fontes, é uma verdadeira viagem no tempo.
Gamla Stan é a Estocolmo que aparece nas fotos oficiais da cidade.
A quantidade de turistas é absurda, assim como a quantidade de lojinhas de souveniers, mas tudo isso fica concentrado na rua principal.
Deixe-se perder pelas ruas estreitas perpendiculares e paralelas à principal e andar aleatoriamente pela região, curtindo algumas descobertas especiais como uma praça, um bom restaurante, uma loja.
A ilha é cheia de restaurantes, mas jantamos em dois lugares que eu achei particularmente deliciosos:
- De Svarta Fåren, na Stortorget 16 – sueco
- Vapiano, na Munkbrogatan 8 – italiano
E após o jantar, passávamos sempre na sorveteria Ben & Jerry’s na Västerlånggatan, em Gamla Stan.
Só para complementar, é aqui que fica o Palácio Real, Kungliga Slottet, o local de trabalho da família real e da nossa conterrânea, a rainha Silvia.
Voltamos mais de uma vez para Gamla Stan para perambular pelas ruazinhas estreitas e andar por Skeppsbron, o cais de Gamla Stan onde param os cruzeiros, é um bom lugar para uma caminhada.
Stadshuset
Após conhecer Gamla Stan, fomos conhecer a prefeitura de Estocolmo, Stadshuset, construída em 1907.
Nos meses de verão é possível subir na sua torre, e a vista é de tirar o fôlego.
A foto de Gamla Stan publicada no começo do post foi tirada da torre, mas podemos ver os vários canais que passam por Estocolmo.
É na prefeitura que acontecem as reuniões e cerimônias com outros chefes de estado, no luxuoso restaurante Stadshuskällaren, e também o jantar de gala que acontece após a entrega do prêmio Nobel.
Nos dias de verão, é muito agradável andar na região da prefeitura vendo os muitos barcos e caiaques que passam por ali.
Vasamuseum
Vasamuseum é um museu de um navio só, o Vasa, um navio de guerra construído no início do século XVII em Estocolmo e que afundou há poucos metros de seu porto.
O museu foi construído especialmente para abrigar o Vasa, mas possui também algumas outras exposições menores que mostram como era a vida na época, roupas, utensílios e instrumentos usados pelas pessoas que trabalharam na construção do navio, e uma sala de projeção com um filme que conta a história do Vasa.
Como já disse no post sobre o Vikingsmuseum, Vikingsmuseum, em Oslo, tudo depende do interesse de cada pessoa, mas recomendo fortemente a visita a esse museu. Mais uma vez, eu achei fascinante!
O navio foi construído para o rei da Suécia Gustavo Adolfo II, e demorou dois anos a ser terminado. Ao todo cerca de 400 pessoas trabalharam no Vasa, entre carpinteiros, marceneiros, escultores, pintores, vidraceiros, veleiros, ferreiros e muitos outros artesãos.
Quando pronto, era um dos barcos mais poderosos jamais construído.
Foi encontrado e resgatado quase inteiro, tendo cerca de 95% do casco original.
O museu mostra detalhamente o que aconteceu para um navio tão imponente afundar na início da sua viagem de inauguração.
Um dos fatores é que o rei queria um número de canhões maior que o usual, o que não tinha sido projetado inicialmente.
O navio foi construído com uma superestrutura superior, com dois convés fechados para canhões. No fundo do navio foram colocadas inúmeras pedras enormes que serviam como lastro para o manter estável na água.
Com as mudanças pedidas pelo rei, o Vasa estava demasiado desequilibrado e as 120 toneladas de lastro não eram suficientes e foram colocadas mais pedras.
Pesado demais e instável, o Vasa não aguentou 2 quilômetros.
Absolut Ice Bar
Fomos por total curiosidade.
Passamos no bar, que fica perto do hotel que estávamos e compramos dois bilhetes para o dia seguinte.
Você compra o bilhete marcado com horário que você escolheu e só pode ficar 50 minutos lá dentro. Cada bilhete dá direito a um drinque com vodka, mas você pode comprar quantos quiser lá dentro.
A experiência é bem legal, principalmente para quem é brasileiro. Eles te dão uma roupa especial para te proteger do frio, com luva. O detalhe é que não dão nada para proteger os pés e, com o tempo, os meus pézinhos foram congelando e eles é que me ditaram o tempo máximo que consegui ficar.
O bar simula uma temperatura de -20OC. Tudo é feito de gelo, desde o balcão do bar até o copo em que servem as bebidas. As bebidas aliás são muito boas, apesar de caras.
Skyview
É um elevador panorâmico que sobe o ginásio coberto Stockholm Globes Arena (Ericsson Globe). Confesso que perto da vista oferecida pela torre da prefeitura, fiquei um pouco decepcionada.
Flanando por Estocolmo
Depois de Galam Stan, que é imperdível, tem alguns outros lugares para passear em Estocolmo e entender um pouco mais o clima da cidade.
Claro que não sou louca de ir para Paris e não ir na Torre Eiffel. Acho que devemos sim conhecer os marcos e as atrações principais de uma cidade, mas gosto de andar pelas ruas, de procurar lugares agradáveis para sentar e tomar um sorvete, em resumo, me sentir um pouco como as pessoas que vivem naquele lugar.
Comecei o passeio por Drottninggatan, que é uma rua de pedestres com lojas comerciais. Não se encaixa exatamente na descrição que eu coloquei acima, pois o começo da rua, perto da estação central, tem uma alta concentração de turistas e lojas de lembrancinhas.
Andando um pouco mais, começamos a ver lojas normais, não mais só para turistas, e a quantidade desses também diminui. Seguimos na mesma rua até a Sergels torg.
Sergels torg é a uma praça central de Estocolmo. A sensação que eu tive é que o mundo inteiro passa por aqui. Tem gente indo ou voltando do trabalho, turistas, pessoas fazendo nada, e claro, os onipresentes cantores peruanos.
Outra região para passear é a Kungstradgarden. Achamos esse lugar totalmente ao acaso, saindo de Gamla Stan, vimos uma pequena praça com muitas árvores e pensamos em descansar um pouco ali. Ficamos um bom tempo deitados na grama, junto com vários outros suecos e turistas.
Com praças, fontes e cafés, é delicioso no verão. Depois li no guia que a maioria das comemorações de Estocolmo acontecem ali, incluindo concertos ao vivo, festivais, patinação no gelo no inverno.
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